Braga: A importância da motivação, do programa e dos afetos

Momento de formação entre pares destacou a importância da “empatia, de uma excelente preparação pedagógica” e da relação dos conteúdos do programa com a realidade do mundo.

Na 6ª edição da formação «Fidelidade Pessoa: Alegria na missão» os cerca de duzentos docentes de Viana, Braga, Vila Real e Bragança-Miranda, participaram em dois ateliers de formação que apresentaram boas práticas no 1º ciclo e no secundário.

Amar(es): um projeto de voluntariado em ação na comunidade

No atelier do ensino secundário o professor Bernardino Silva dá o mote para o início dos trabalhos perante bem mais de 100 docentes:

Estou na escola de Amares, aqui na Arquidiocese de Braga e desenvolvo, com os meus alunos o projeto «Amar(es)». A experiência de voluntariado surgiu à sete anos a partir dos desejos dos alunos e pelo próprio sentido do programa nesta fase:

“A apropriação dos conteúdos do programa de EMRC despertou os meus alunos para aa necessidade de agir no mundo” procurando ser “agentes de mudança”, à boa maneira da Doutrina Social da Igreja, explicou o docente.

Ao longo do secundário os alunos preparam-se para uma missão final em Moçambique através de projetos de voluntariado:

“Tornam-se voluntários em vários níveis partindo da experiência do próprio programa da disciplina e procurando uma interação real com o mundo relacionando sempre a escola, a comunidade e a sala de aula”.

80% de inscrições: O programa e as estratégias diversificadas

Paulo Magalhães, vem de Montalegre e situa a experiência no secundário como “muito desafiante e compensadora”. Este docente apresentou um conjunto de estratégias de motivação para a aprendizagem neste ciclo numa escola que conta com mais de “80% de inscrições” e destacou “a importância do cumprimento do programa pela sua riqueza e diversidade”.

Uma experiência de afetos a partir de dilemas morais

Maria do Céu Vilela apresentou-se como “uma professora de afetos”:

“Não sei dar aulas, ensinar e aprender sem esta dimensão tão humana que é a do toque e que muda comportamentos, destrói preconceitos e permite chegar ao aluno e fazer com que ele aprenda”. No início de cada ano planifica “algumas aulas, a partir do programa, com um conjunto de dilemas morais que são boas ferramentas de trabalho”, sustentou.

“Estes dilemas permitem quebrar gelo, perceber que tipo de alunos temos perante nós, como pensam e refletem e como estruturam o pensamento critico com a realidade”.

EMRC: Uma oportunidade real da Educação para a sexualidade

Sandra Sarmento, também a lecionar no ensino secundário destacou a importância do ensino da unidade letiva «Amor e Sexualidade» numa educação efetiva para a sexualidade:

“Este tema ajuda muitos alunos no secundário a levantar questões que tem vergonha de fazer noutras circunstâncias. Aqui aproveito muito o recurso «jogos de risco» que leva os alunos a desempenharem papeis e a tomarem opções com uma hierarquia de valores e um a ação moral por detrás”, apresentou.

Educris|03.03.2018



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