Porto: Um testemunho da opção por EMRC

Ao longo da Semana Nacional da EMRC, que decorreu de 14 a 18 de março, muitos foram os testemunhos de professores, alunos e antigos alunos da disciplina que aqui publicámos e que despertaram alunos e antigos alunos a refletirem sobre a disciplina e a sua importância na formação das novas gerações.

Hoje disponibilizamos o testemunho da Beatriz Coelho, Aluna do 2º ano do Mestrado Integrado em Medicina Veterinária e antiga aluna de EMRC.

"O meu percurso em EMRC começou no 5º ano do ensino básico. Inscrevi-me por sugestão da minha mãe, que sempre gostou que estivesse ligada a este tipo de atividades. E assim, fiquei até ao 12º ano, tomando o gosto por uma disciplina que é tão mal interpretada pela maioria dos estudantes.

A primeira coisa que ouvi logo na primeira aula foi “isto não é a catequese”. E com toda a razão. Nesta disciplina podia entrar qualquer religião, qualquer estatuto social, qualquer aluno com vontade de passar além do dogma generalizado pelos estudantes. E eram todos bem acolhidos, nomeadamente pela professora Dina, que com a sua bondade, carinho e solidariedade nos marcou a todos e tornou-nos seres humanos mais conscientes e alerta para as diversas situações da nossa sociedade. 

Ao longo dos 8 anos que frequentei EMRC sempre pensei que era realmente uma “opção com sentido”. Aqui aprendi a respeitar o próximo e todas as opiniões e pontos de vista. Aprendi que a escola não é só a matemática e o português, mas também o desenvolvimento de cada aluno para que se torne uma pessoa melhor. Aprendi um pouco sobre todas as religiões, mas no sentido de ver outros modos de vida e conviver mais de perto com outras realidades. Aprendi os mais importantes valores, que são muitas vezes esquecidos, como a solidariedade, que sempre nos foi incutida através das mais diversas atividades de voluntariado.  Mas a aprendizagem não foi apenas unidirecional. O diálogo foi desde cedo encorajado, permitindo discutir assuntos tabu que de outra forma seriam pouco abordados. Deste modo, as aulas tinham uma proximidade diferente, a professora era alguém em quem podíamos confiar e a quem recorríamos para esclarecer qualquer dúvida ou contar qualquer problema.

Para acabar, gostava que a EMRC fosse bastante mais frequentada, até porque foi uma experiência que me completou enquanto pessoa e permitiu que o meu desenvolvimento fosse tanto pessoal como profissional, criando um balanço que penso ser necessário a todos.

Beatriz Coelho

 



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