Sertã: Alunos de EMRC nos caminhos de Santiago

A interrupção letiva do carnaval foi aproveitada pelos alunos do 9º ano de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) do Agrupamento de Escolas da Sertã, para peregrinar a Santiago de Compostela.

Fizeram-se ao caminho, certos de que nunca estariam sozinhos, antes sempre acompanhados: por aqueles que ficaram em casa a torcer para que tudo corresse bem, pelos amigos de sempre, pelos novos amigos, pelos professores, por Deus… e por um novo amigo, muito especial, cheio de lições para ensinar! O Peixe, personagem principal da história “Peixe e o Mar” de Nuno Tovar de Lemos sj, que serviu como tema base desta peregrinação, preferia viver à superfície do mar, sem riscos, em vez de ir mais fundo, conhecer o mar verdadeiramente e apreciar e usufruir de toda a beleza que ele oferece. Com o tempo, acabamos por perceber que este peixe e a sua história nos são bastante familiares: ela reflete muito daquilo que é a nossa relação com Deus, às vezes à superficie, com medo de nos conhecermos mais intimamente, de O conhecermos mais intimamente e de nos deixarmos levar por Ele.

Por isso, durante estes dias, alunos e professores foram convidados a caminhar e a deixar-se levar… numa atitude de confiança, entrega e disponibilidade para conhecer um pouco mais de si mesmos e de Deus, uma vez que caminhar não é só trilhar caminhos, mas também atrever-se a trilhá-los interiormente, com a vida e o coração.
E que bom que foi poder acompanhar estes jovens na sua caminhada de aprofundamento desta relação com Ele! Nesta caminhada, ser professor ganhou mais sentido: foi muito gratificante viver e proporcionar esta experiência de Deus a estes jovens e testemunhar neles uma sede imensa de viver o silêncio, de criar relação com Deus, de se poderem encontrar com eles próprios e com os que os rodeiam!
Foi ainda um privilégio poder partilhar esta aventura com a comunidade de pioneiros do Agrupamento de escuteiros 624 de Cebolais de Cima. A troca de experiências, saberes e vivências e a alegria sempre constante contribuiram para que esta experiência se tornasse ainda mais especial.
O ambiente de serviço e cooperação entre todos foi essencial, pois sempre é verdade o que se diz: “A união faz a força”. Por isso, não seria possível proporcionar todas estas vivências sem a colaboração incansável das professoras de Espanhol que acompanharam o grupo, bem como a dos outros docentes e dos chefes da Comunidade de Pioneiros, sempre disponíveis.
Seria impossível não chegarmos ao fim desta peregrinação profundamente agradecidos por tanta riqueza, tanto bem recebido! Pelo convívio e brincadeira; pela partilha e entre-ajuda; pelo silêncio e oração; pelos sorrisos e olhares cheios de sentido, cheios de Deus!
No caminho, um peregrino que passava de bicicleta desejou-nos “¡Buen Camiño!”.
professor Manuel António

 



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