«É urgente educar para a esperança num tempo incerto», Helena Marujo (C\vídeo)

Investigadora em psicologia positiva destacou importância de uma educação para a esperança em contexto escolar

“A esperança é uma urgência, uma necessidade de um erro, porque se fundamenta na incerteza. É precisamente por que não sabemos o futuro, e vivemos na inquietação de um destino que não controlamos, que a esperança de fundamenta”, afirmou, no passado sábado, Helena Marujo aos diretores diocesanos de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC).

Sob o tema «Educar na esperança em tempos de incerteza…a incerteza como ambiente de esperança e de futuro» a investigadora sustentou que “num tempo de incerteza é fundamental educar para a esperança, também em contexto escolar, para poder incutir nos alunos um conjunto de objetivos e valores que fazem acreditar que amanhã será melhor do que o hoje”.

Abordando a temática da ‘Esperança’ a partir do dado biológico, Helena Marujo, lembrou que como “experiência emocional, e sendo uma emoção positiva, a esperança é fundamental para a vida e saúde mental, mas também para a saúde física”.

“As hormonas do bem-estar, como a oxitocina, a dopamina, a serotonina ou a endorfina, são ativadas quando vivemos na esperança”, apontou.

Aos responsáveis pela EMRC, Helena Marujo sustentou a necessidade de “ajudar alunos a produzir estas substâncias, ajuda-nos a estar melhor connosco e com os outros, ajudando a encontrar um sentido, a ser felizes e capazes de confiar nos outros e em si mesmos”.

Recordando que a ‘esperança’ traz consigo um “propósito, um sentido”, a investigadora afirmou que produz implicações no sistema límbico e ativa ao neocórtex”.

“A esperança e tão complexa que integra todas estas dimensões e através da virtude transcendente alimentamos o propósito e o sentido da nossa vida. A nossa capacidade de ação moral onde muitos encontramos o propósito para a nossa vida”, completou.

No final da sua intervenção Helena Marujo afirmou que “aqueles que tem experiências espirituais e religiosas” são os que, em vários estudos, “apresentam níveis mais elevados de esperança” o que ajuda à longevidade, ajudando-nos a ativar um conjunto de respostas face a problemas e a aprender mais”.

“Ter esperança ajuda-nos a viver mais harmoniosamente uns com os outros. É um recurso para viver uma boa vida não quando tudo mais corre bem, mas quando as situações são mais incertas”, concluiu.

Imagem: Arquivo

Educris|13.07.2021



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