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Somos todos trabalhadores da vinha do Senhor! 30 Abr. 2013
Enquanto criaturas muito amadas de Deus, criadas à sua imagem e semelhança, como quem diz livres para permanecer na liberdade e na felicidade, somos também co-criadoras neste mundo que tanto tem ainda para melhorar.
Com a aproximação do Dia do Trabalhador, lembrei-me de dedicar estas linhas a uma das atividades humanas mais nobres: o trabalho. Refiro-me a todo o tipo de trabalho, remunerado monetariamente ou não, rotineiro ou pontual, mais ou menos espontâneo, mas sempre visando o bem comum, a construção de um mundo melhor, a ordenação das coisas temporais.
São inúmeros os documentos da Igreja dedicados a este assunto, à sua dignificação e importância enquanto fonte de realização pessoal e desenvolvimento da sociedade.
A Encíclica Rerum Novarum, datada de 1891, e as subsequentes encíclicas e cartas assinalando alguns dos seus aniversários, são disso exemplos importantíssimos. Todos nós devemos refletir acerca do fim último dos nossos esforços, encontrando o bem que resulta de cada um dos nossos gestos, filtrando assim as nossas atividade...
Fragmento do Homem 30 Abr. 2013
Que tempo é o nosso? Há quem diga que é um tempo a que falta amor. Convenhamos que é, pelo menos, um tempo em que tudo o que era nobre foi degradado, convertido em mercadoria. A obsessão do lucro foi transformando o homem num objeto com preço marcado. Estrangeiro a si próprio, surdo ao apelo do sangue, asfixiando a alma por todos os meios ao seu alcance, o que vem à tona é o mais abominável dos simulacros. Toda a arte moderna nos dá conta dessa catástrofe: o desencontro do homem com o homem. A sua grandeza reside nessa denúncia; a sua dignidade, em não pactuar com a mentira; a sua coragem, em arrancar máscaras e máscaras.
E poderia ser de outro modo? Num tempo em que todo o pensamento dogmático é mais do que suspeito, em que todas as morais se esbarrondam por alheias à «sabedoria» do corpo, em que o privilégio de uns poucos é utilizado implacavelmente para transformar o indivíduo em «cadáver adiado que procria», como poderia a arte deixar de refletir uma tal situação, se cada palavra, cada ritmo, cada cor, onde espírit...
Serenidade da Alma 29 Abr. 2013
Não examinar o que se passa na alma dos outros dificilmente fará o infortúnio de alguém; mas os que não seguem com atenção os movimentos das suas próprias almas são fatalmente desditosos.
(...) Ser semelhante ao promontório contra o qual vêm quebrar as vagas e que permanece firme enquanto, à sua volta, espumeja o furor das ondas.
- Que desgraça ter-me acontecido isto!
Não, não é assim que se deve falar, mas desta maneira:
- Que felicidade, apesar do que me aconteceu, eu não me mortificar, não me deixar abater pelo presente nem me assustar pelo futuro!
Na verdade, coisa idêntica poderia suceder a toda a gente, mas bem poucos a suportariam sem se mortificarem. Por que razão considerar este acontecimento infortunado e aquele outro feliz?
Em resumo, chamas de infortúnio para o ser humano aquilo que não é um obstáculo à sua natureza? E consideras um obstáculo à natureza do ser humano aquilo que não vai contra a vontade da sua natureza? Que queres, então? Conheces bem essa vontade; aquilo que te sucede impede-te, por acaso, de ser justo, magnânimo, sóbrio, refletido, prudente, sincero, modesto, livre, e de possuir as outras virtudes cuja posse assegura à natureza do ser humano a felicidade que lhe é própria? Não te esqueças, doravante, c...

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