Aquela pessoa

Informação vem... Informação vai!

Notícias, todos nós as ouvimos, vemos e lemos. Umas boas, outras más, de perto ou de longe não têm interesse. Ficamos sensibilizados, emocionados, mas...

E, de repente, toca o teu telefone!

Quando olhas para o mostrador e vês o nome ou a fotografia de uma pessoa que não era suposto estar a ligar aquela hora… Tudo se detém…

Só vês aquele nome, aquela foto… o toque do telemóvel irrita-te!

Atendes! Silêncio… Silêncio… Silêncio…

A notícia que te pronunciam é má! Alguém que te é querido sofreu um acidente, está a sofrer.

Um silêncio ensurdecedor toma conta de ti. Ficas imóvel. Estático. Petrificado. Sem reação.

Como aconteceu? Está bem? Onde está? Está sozinho? Que dizem os médicos? Transformamo-nos em inquiridores… numa fonte que jorra de perguntas!

A ausência de novas notícias

sobre o estado da pessoa é enervante, inquietante… Nesse espaço de tempo transformamo-nos em realizadores de sequências intrigantes, dramáticas, sufocantes… de dor!

Pões-te a caminho!

Quando chegas… quando olhas para a pessoa, a tocas, a abraças, a beijas, a sentes… acalmas.

Aquela pessoa sempre esteve presente na tua vida! Mas, por breves longos tempos, esteve ausente. O vê-la transforma-se em serenidade! Sentes o teu louco coração a abrandar. Estás por perto… podes tocar!

No final, tudo não passou de um susto… de um sinal.

Obrigado por continuares perto de mim!

Sei que nos continuamos a Amar.

Bento Oliveira

Professor de EMRC


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