Bispo da Guarda lamenta aparente inércia das autoridades num país que volta a arder dois anos depois
D. Manuel Felício denunciou hoje “o esquecimento do interior” por parte “das autoridades”
“Fala-se muito, apresentam-se propostas feitas, mas quando se trata de passar da teoria à prática nada acontece. Abordam-se medidas de discriminação positiva para com as populações do interior, mas nada passa do papel. Acaba sempre por se investir em medidas eleitoralistas”, explicitou.
A Pastoral Juvenil e Universitária da Diocese da Guarda vai promover um acampamento jovem para “ajudar as vítimas dos incêndios que devastaram a região em 2017”.
Para o prelado “ver, de novo, o país a arder é uma dor de alma. Como é que Mação e Vila de Rei que passaram o que passaram voltam a este pasto de chamas»”, questionou.
“Não sei o que fazem a proteção civil e os nossos meios, mas porque é que isto acontece. Havendo mão criminosa porque é que não há coragem de ir ao fundo das questões?”, disse.
“Por este andar tudo se destrói e para bem que quem? Deixo a questão. Quem ganha com isto? Doí-me ver as pessoas a sofrer, é tremendo”.
D. Manuel Felício recordou que a “Cáritas diocesana da Guarda continua a apoiar a reconstrução das casas na região onde de perderam cinco vidas”, lamentou.
O prelado acompanha, por estes dias, 53 catequistas da diocese em peregrinação à terra santa.
Educris|23.07.2019