Bíblia Moov: IV edição premiou trabalhos de Albergaria e Lisboa

Iniciativa da Sociedade Bíblica reuniu 10 finalistas e premiou duas «curtas-metragens» de alunos de Educação Moral e Religiosa Católica

Os alunos da disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) do Agrupamento de escolas de Albergaria-a-Velha e do Agrupamento de Escolas D. Dinis, em Lisboa venceram, Ex aequo, a 4ª edição do concurso «Bíblia Moov», da Sociedade Bíblica Portuguesa (SBP).

A distinção foi entregue este sábado no Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), em Lisboa.

Miguel Jerónimo, diretor executivo da Sociedade Bíblica, mostrou-se satisfeito pela “aplicação e criatividade que nos surpreende, ano após ano, independente da temática em concurso”. Considerando que a “Bíblia é um livro sem fim” o responsável congratulou-se pelas quase quatro centenas de trabalhos recebidos ao longo das quatro edições e espera que a iniciativa «Bíblia Moov» possa continuar “a dizer e a animar a Bíblia para os novos formatos”.

“Se hoje os autores Bíblicos contassem a história se calhar usavam estes mesmos meios de hoje”, completou.

Um oportunidade de criar e enriquecer alunos comunidades educativas

Presente na sessão de entrega do prémio Fernando Moita, coordenador da disciplina de EMRC no Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC) destacou a importância de “se trabalhar a temática bíblica em contexto de disciplina” e o modo como este concurso “permite dar asas à criatividade dos alunos perante o texto bíblico levando-os a uma releitura e a um trabalho que é sempre um enriquecimento para a disciplina e para as comunidades educativas”.

A iniciativa, que contou desde a primeira edição com o apoio do SNEC, é também uma oportunidade para o exercício do ecumenismo entre os cristãos.

“A Sociedade Bíblica tem a função de apresentar o texto Bíblico no contexto da vida dos cristãos. A nós cabe-nos associarmo-nos e trazermos a realidade da EMRC e da Catequese para esta importante iniciativa ecuménica”, afirmou.

 

Dois vencedores Ex Aequo

Haveria de existir uma vez em que os júris “estivessem confusos na hora de votar a melhor curta”, afirmou Adelaide de Sousa atriz e júri da 4ª edição do concurso que explicou aos presentes as razões da escolha Ex Aequo e a divisão do 1º prémio entre a obra «David, um amor demasiado humano», dos alunos de EMRC do Agrupamento de Escolas de Albergaria-a-Velha e «Amor à primeira vista», a segunda curta-metragem produzida e realizada pelos alunos de EMRC do Agrupamento de Escolas D. Dinis, em Lisboa.

António Oliveira, professor de EMRC da escola D. Dinis, afirmou-se “contente” pela nomeação e a “vitória, Ex aequo, com a escola de Albergaria” e lembrou que este concurso “é uma boa oportunidade de aprenderem mais sobre a Bíblia. O tema do amor levou-nos a pesquisar diversos textos bíblicos sobre o tema de modo a nos apropriarmos no texto e pensarmos num guião”. A iniciativa permitiu “construir interdisciplinaridade com outras áreas do saber dentro da escola”, sustentou.

Para o próximo ano o docente garante que “a atribuição do prémio se constitui como uma motivação extra para que outros alunos na escola queiram envolver-se e arriscar”.

Carlos Silva, o “porta-voz” dos vencedores de Lisboa, considerou que o sucesso, “logo na segunda participação, surpreendeu” e considerou “a temática do amor um enorme desafio”.

“Tentámos ler vários textos da bíblia que abordam o amor. Não conseguimos bem agarrar a ideia de nenhum deles. Até que nos últimos dias de entrega uma colega nossa apresentou este cenário e este guião e viemos em força”, disse sorridente.

«David, um amor demasiado humano» levou à vitória alunos de Albergaria-a-Velha

Pelo segundo ano consecutivo o agrupamento de escolas de Albergaria-a-Velha, venceu na categoria «Bíblia Moov Jovem».

Para o professor Luis Silva, de EMRC, o prémio resulta de um trabalho de parceria com os “alunos de multimédia e o apoio genial do professor Paulo Calhau”, e constituiu-se sempre como “uma via muito oportuna para abordarmos o texto bíblico, sendo que, por resultar de repto lançado pela Sociedade Bíblica em Portugal, adquire uma dimensão ecuménica que sempre sublinhamos”, considerou.

A história de amor escolhida pelos alunos de Albergaria deu-se porque “David é nome de rei. Nome a que sempre associamos obras de arte singulares, de Donatello a Miguel Ângelo, da pintura à escultura” e porque o mesmo “é sempre metáfora de todas as lutas vencidas pelos mais insuspeitos e frágeis lutadores”, recordou o docente.

A curta foi produzida pelo Agrupamento de Escolas de Albergaria-a-Velha, com desenhos de Beatriz Pinheiro e as vozes de Beatriz Tavares, Juliana Semedo, Lucas Martins e coordenação de Luís Silva e Tiago Pereira.

Educris|20.05.2019



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