Autor: Fundação Secretariado Nacional da Educação Cristã
Páginas: 174
Dimensões: 23x16
Palavra Chave: Jornadas Nacionais de catequistas, Seminário das Escolas Católicas, Estudos, D.José Policarpo, Padre Francisco Machado Couto, A Bondade e a Fé, Diácono Acácio, D.Tomaz Silva Nunes
Descrição: O número 17/18 é, para todos os que colaboramos quotidianamente com a Comissão Episcopal da Educação Cristã através do nosso trabalho no Secretariado Nacional que esta tutela, um número especial da nossa Revista «Pastoral Catequética». Intitulado «A Bondade e a Fé», prolonga a reflexão iniciada no número 16 (beneficiando, pois, de uma leitura que abarque toda a edição de 2010) e oferece-nos as comunicações apresentadas nas Jornadas Nacionais de Catequistas que tiveram lugar em Março, sob o tema «A Espiritualidade do Catequista ? Vivência e Transmissão da Fé». Encontramos, assim, e as conferências de D.António Marcelino, Bispo Emérito de Aveiro, do P. Hélder Fonseca e de António Bagão Félix, três abordagens, simultaneamente pessoais e universais, da vida na fé, ao alcance do cristão de hoje, assim ele ou ela se queiram abrir ao projecto de Deus para a humanidade. Igualmente descobrimos neste número, já no registo de intensos testemunhos, os textos de Isabel Oliveira e Duarte Vidal, e as propostas de trabalho para os catequistas que nos deixaram a Ir.Alda Rego («Educar para a Oração») e o P.José Henrique Pedrosa («O sacramento da reconciliação na infância»). Este número duplo oferece ao leitor uma segunda parte que edita algumas das mais relevantes conferências da 2ªedicção do «Seminário das Escolas Católicas» e termina com dois estudos. O primeiro, de D.José Policarpo, fala-nos da infância: «Um dos sinais da harmonia e da maturidade de uma comunidade humana, trate-se da família, da Igreja ou da sociedade, exprime-se no lugar que dá às crianças como seus membros de pleno direito, reconhecendo o contributo que dão à comunidade, tão ou mais importante e decisivo como o de todos os outros seus membros. Não se trata apenas de respeitar as crianças que ainda o são pela idade e fase de desenvolvimento; trata-se de um desafio a que todos os membros da comunidade, em qualquer idade e em todas as idades, não apaguem no seu coração a criança que já foram e que permanece como modelo inspirador do que desejariam ser, no melhor dos seus ideais. Ao falar dos desafios colocados pelas crianças à Igreja e à sociedade, não me referirei apenas às crianças definidas como grupo etário, mas à criança que continua a existir em cada um de nós e que é anseio de simplicidade de vida e de amor experimentado como ternura, desejo de mitigar a racionalidade da nossa vida com a mensagem abrangente dos símbolos e convite da vida a descobrir e a construir em cada dia mais, atraídos pela sua plenitude. A minha chave de leitura é mais bíblica e teológica do que filosófica. Espero que seja também poética, homenagem prestada a figuras modelo que me ajudaram, em todas as fases da minha busca da maturidade, a guardar a criança que há em mim e que, desejo profundamente, seja o último rosto da minha vida neste mundo. Não gostaria de acabar "infantil"; mas desejaria muito morrer com um coração de criança.» (D.José Policarpo, Pastoral Catequética n.17/18, p.145). O segundo, do P.Francisco Couto, trata um importante conjunto de questões sobre o catecumenado: «A fé evangélica não é um facto da natureza, não nasce com o homem, não se adquire automaticamente só pelo facto de existirmos ou termos nascido. Acreditar é um acontecimento que surge, que desponta na existência e que se releva na história. Tertuliano afirmava que nós não nascemos cristãos, tornamo-nos cristãos . A fé, o ser cristão é dom, acontecimento e é o acto do Baptismo que manifesta esta gratuidade ou esta contingência. Hoje, algo mudou em relação ao tempo de Tertuliano e, provavelmente, mais que um tornar-se, o cristão surge como algo que é feito. Como diz H. Bourgeois, podíamos alterar um pouco a expressão de Tertuliano e afirmar: «é-se feito cristão, devemos tornar-nos» (ibid, p. 159).