Braga: Catequistas sensibilizados para uma «Cultura do Cuidado»

Formação decorreu no Dia Arquidiocesano do catequista e contou com mais de um milhar de participantes

O Dia Arquidiocesano do Catequista, que decorreu no passado sábado no Santuário do Sameiro, refletiu, de maneira sistemática, sobre a necessária «Cultura de Cuidado» para a catequese na relação com as «Crianças, adolescentes/jovens e adultos vulneráveis».

“Foi nosso objetivo alertar e trazer à análise dos catequistas a questão do cuidado dos menores e adultos vulneráveis nas nossas comunidades”, através da clarificação dos “sinais, causas e contextos de risco, das relações de poder e de vulnerabilidade”, contando sempre com o contributo “que está a ser desenvolvido pela Comissão de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis da Arquidiocese de Braga (CPMAVAB)”, explica ao EDUCRIS Elmira Silva, do departamento Arquidiocesano de Catequese.

O objetivo deste departamento, e transversal a toda a Arquidiocese Bracarense, passa por prevenir e antecipar possíveis “abusos de vária ordem” através de uma efetivação de medidas.

No final de uma outra formação, que decorreu paralelamente ao Dia Arquidiocesano do catequista, o Arcebispo de Braga, D. José Cordeiro, defendeu que “cada vez mais nós precisamos de formação, de clarividência na proteção, no cuidado, no acompanhamento das crianças, dos adolescentes, dos jovens, dos adultos e dos mais velhos, de um modo especial dos mais vulneráveis”, disse em declarações ao Diário do Minho.

Para o prelado é fundamental cuidar “da pessoa humana, olhando-a como ‘terra sagrada’, para que não aconteçam abusos, seja de que tipo for: de consciência, de poder, sexuais, espirituais”, revelou.

“Juntos devemos ser capazes de ultrapassar todas estas dificuldades e fazer com que estes abusos não voltem a acontecer no âmbito da Igreja […] a formação e a cultura do cuidado em todos os âmbitos da Pastoral, e de um modo especial onde estão as crianças e adultos vulneráveis”, concluiu ao jornal de inspiração cristã.

No Sameiro, e aos catequistas, o padre Bruno Nobre Sj, defendeu a ideia de que “é crucial que os catequistas tenham consciência dos riscos que pode implicar o contacto com crianças em contexto de catequese e é muito importante começarmos a criar uma cultura de cuidado, identificar possíveis riscos”.

“O catequista tem que saber como criar um espaço seguro e saudável, e também é importante saber identificar eventuais situações de abuso que podem ter acontecido na escola, no seio da família, na Igreja,», defendeu, realçando a importância de adquirir ferramentas de escuta e estar atento aos sinais e saber como encaminhar no caso de ser identificada uma potencial situação de abuso ou maltrato”, considerou citado pelo Diário do Minho.

Presente na sessão Sofia Marques, coordenadora do Serviço de Proteção e  Cuidado da Companhia de Jesus, vincou que “o tema deste encontro é sinal do compromisso da Arquidiocese na implicação e responsabilização de todos os agentes que no dia-a-dia estão com as crianças e jovens em contexto de Igreja”.

“Temos de arregaçar as mangas, ser proativos. E os catequistas são aqui um potencial muito importante porque não só na Igreja como na sociedade e nas suas vidas, nas suas famílias e contextos profissionais podem ser agentes de cuidado”, concluiu.

Imagem: Educação Cristã|Braga

Educris|26.09.2023



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