Fátima: «Em conjunto daremos uma boa resposta aos desafios da catequese», D. António Augusto Azevedo

Responsáveis diocesanos reuniram hoje, em Fátima, onde analisaram o ano pastoral, apresentaram a proposta de catequese para o 3º e 4º tempos no pós JMJ Lisboa 2023 e abordaram o “cuidado dos menores em contexto catequético”

D. António Augusto Azevedo afirmou hoje que a catequese “tem diversos desafios” que só podem ser superados “se todos caminharmos em conjunto”.

“Temos de envolver todos os agentes neste processo para que em conjunto sejamos capazes de responder a este desafio que é, antes de mais formação da fé dos mais novos. Precisamos de envolver as comunidades, famílias, os catequistas, e aqueles que estão ligados a isto”.

Aos responsáveis diocesanos pela catequese em Portugal o presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé (CEECDF) lembrou que “o colocar em prática o Itinerário é uma tarefa exigente e que requer um trabalho conjunto”.

“Para além dos materiais para os 4 tempos propostos pelo itinerário precisamos de dar atenção à catequese dos adultos pois temos cada vez mais adultos sem a iniciação à fé cristã e que precisam de maior atenção e investimento”, desenvolveu.

Num olhar para aquilo que serão os anos do pós Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, o prelado lembrou que este acontecimento vai ser oportunidade “para que muitos se interroguem acerca de si, do seu lugar de pertença e da sua fé”.

“Temos que criar espaços, nas comunidades cristãs, para este acompanhar da formação da fé de modo continuado”, apontou.

Aos responsáveis D. António Augusto Azevedo não deixou de lembrar que outro dos desafios ao setor é o do “ministério do catequista”.

“Precisamos de dar passos concretos também aqui para ajudarmos a efetivar esta realidade. Faz-se, certamente, com e em cada diocese, mas cabe-nos ajudar a formar, incentivar e fazer caminho”, completou.

«Celebrar a JMJ Lisboa 2023 – Experiências que mudam a nossa vida»

Ainda antes dos novos materiais catequéticos, que entrarão em vigor em janeiro no próximo ano, os adolescentes dos 12 aos 15 anos vão poder refletir e integrar aquilo que foi a JMJ de Lisboa para a Igreja em Portugal e para cada um.

Os recursos recebem o nome de «Celebrar a JMJ lisboa 2023 - experiências que mudam a vida» e vão “ajudar a integrar a vivência das JMJ Lisboa 2023”.

“A diferentes níveis talvez hoje não haja ninguém que não saiba o que é a JMJ. Para muitos dos nossos adolescentes o ‘Say Yes, aprender a dizer sim’ foi parte do seu crescimento como cristãos. Após as JMJ queremos que os adolescentes possam fazer ecoar dentro deles, com diferentes dinâmicas e momentos, aquilo que experimentaram e ouviram da JMJ”, explicou a irmã Isabel Martins do Patriarcado de Lisboa.

Formar redes de cuidado na Igreja para prevenir e intervir

Da parte da tarde Rute Agulhas e Joana Alexandre deram a conhecer o ‘Grupo Vita’, uma equipa interdisciplinar com profissionais das áreas da Psicologia, da Psiquiatria, do Serviço Social, da Sociologia e do Direito (penal e canónico) e os diferentes projetos e propostas para “criar redes de cuidado e de acompanhamento para os menores e os adultos vulneráveis”.

“Estamos a preparar um plano, com vários níveis, sem anular o que cada diocese está a fazer. A ideia passa por criar uma proposta que possa adequar-se às necessidades no terreno”, explicou Joana Alexandre.

Num momento de partilha e diálogo que permitiu aos responsáveis diocesanos darem conta das ações que já se efetivam nas diferentes realidades da Igreja em Portugal, a coordenadora do ‘Grupo Vita’, Rute Agulhas, expressou o desejo de que “o trabalho em rede e sustentado em vários patamares de formação e intervenção” permita “devolver à consciência coletiva de que as nossas comunidades cristãs são lugares seguros, e que os seus milhares de crentes possam dizer que sabem exatamente do que fala quando se abordam estes temas e se está atento e atuante”, completou.

Educris|07.07.2023



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