Viseu: «Um catequista dócil ao Espírito Santo, atrai», D. António Luciano

Bispo de Viseu agradeceu trabalho dos catequistas na Igreja em Portugal e deixou desafios a uma catequese “capaz de ajudar os jovens a construírem projetos de vida”

D. António Luciano disse ontem que “os catequistas devem ser facilitadores do encontro cm Jesus” e que a catequese “mais urgente de acontecer” é aquela que ajuda os mais novos “a encontrar-se com Jesus Cristo no coração”.

Na eucaristia do 60º Encontro Nacional de Catequese, a que ontem presidiu na Sé da cidade de Viseu, o prelado agradeceu “a presença de tantos responsáveis das diversas dioceses portuguesas”, que considerou ser uma demonstração “da vitalidade da Igreja”, e pediu “catequistas apaixonados por Jesus” com “o espírito do ressuscitado”.

“Este trecho do livro dos Atos dos Apóstolos mostra-nos a vitalidade das comunidades cristãs nascentes. Este espírito advém da crença no Ressuscitado, do encontro dos irmãos com Ele. Sem conhecermos o Senhor, no mais profundo de cada um de nós, definhamos e nada podemos”, explicou na homilia.

Para D. António Luciano mais do que “grandes pedagogias ou criatividades” o catequista deve “aprofundar o seu conhecimento, a sua relação com Jesus ressuscitado” por que isso “atrai”.

“Não podemos dar passos na catequese sem o conhecimento da pessoa de Jesus! Só quem conhece e quer conhecer mais se pode apaixonar! Podemos ter muitas pedagógicas, mas se nos falta o gosto de conhecer Jesus, se nos falta o centro, tudo se esfuma”, alertou.

Aos responsáveis diocesanos o bispo de Viseu pediu para estarem abertos “às surpresas de Jesus” e a terem uma “ação catequética cuidada”.

“Não vos esqueçais que os destinatários da catequese, recebem a Boa Nova de acordo com a sua capacidade. Cabe-nos cuidar bem da preparação da catequese, em comunhão uns com os outros para assim fazermos caminho e percebermos os desafios que se colocam. Lembrai-vos: Jesus surpreende-nos sempre!”, desenvolveu.

No final da sua homilia D. António Luciano evocou o pensamento do Papa Francisco para afirmar que “o catequista é-o durante 24 horas e não apenas durante o tempo de encontro de catequese”.

“Cabe-nos inovar numa sociedade em constante mutação. Não tenhamos medo, nem receio de avançarmos para melhor levar Jesus aos irmãos. Facilitadores alegres do encontro com Jesus Cristo! Que tenhamos a coragem de desafiar os jovens para que assumam um projeto de vida feliz, com a consciência do bem para si e para um mundo melhor”, concluiu.

Hoje o 60º Encontro Nacional de Catequese termina com uma sessão cultural dinamizada pelo Secretariado Diocesano da Educação Cristã de Viseu.

Educris|14.04.2023



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