Coreia do Norte: A situação dramática dos cristãos

A Revista “Time” teve acesso ao relatório da Associação Internacional de Advogados sobre os crimes praticados na Coreia do Norte, nomeadamente em relação aos campos de concentração existentes neste país.

Nos campos de concentração norte-coreanos, comparados aos tristemente famosos Gulag’s – para onde eram enviados os opositores ao regime na União Soviética – os prisioneiros são, segundo esta Associação, sistematicamente torturados e executados.

O relatório, agora revelado pela revista Time, aponta o dedo para a responsabilidade directa do líder norte-coreano Kim Jong-un em relação a estas atrocidades, estando reportados casos de assassinatos, escravização, torturas e violência sexual que ocorrem na Coreia do Norte.

A Associação Internacional de Advogados (International Bar Association) é, desde 1947, uma associação internacional que congrega Ordens e organizações nacionais de advogados, bem como advogados e sociedades de advogados, e tem como uma das suas missões, garantir e promover os Direitos Humanos em todo o mundo.

Este relatório agora divulgado sobre a Coreia do Norte é o resultado do testemunho de pessoas que conseguiram fugir do mais hermético país do mundo. 

Entre os inúmeros relatos de atrocidades cometidas pelas autoridades norte-coreanas, há histórias de prisioneiros que foram torturados ou assassinados também por causa da afiliação religiosa, assim como abortos forçados e infanticídios.

Em resultado de todos os dados obtidos, a Associação Internacional de Advogados defende que Kim Jong-un deve ser investigado e julgado por crimes contra a humanidade, assim como os seus cúmplices do Partido de Trabalhadores da Coreia do Norte, que governa o país com mão de ferro.  

É difícil saber quantas pessoas estarão a viver actualmente nos campos de concentração na Coreia do Norte. Calcula-se que, actualmente, entre 100 mil a 200 mil pessoas agonizem nesses campos.

À Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) o padre Philippe Blot, um missionário francês que conhece como poucos a realidade deste país governado pela dinastia Kim, contou promenores sobre o dia-a-dia de milhões de pessoas na Coreia do Norte, sublinhando que, no país mais fechado do mundo, os cristãos são vistos como inimigos e sofrem as mais horríveis perseguições.

“A brutalidade dos guardas é o pão de cada dia destes prisioneiros que trabalham 16 horas, sofrem torturas atrozes e assistem a execuções dos mais recalcitrantes… De todos estes ‘prisioneiros políticos’, os que sofrem pior tratamento são os Cristãos, considerados como espiões.”

De acordo com informações por diversas associações humanitárias que desenvolvem trabalho junto dos que conseguem fugir da Coreia do Norte, os cristãos actualmente detidos no país serão entre 20 e 40 mil, e são objecto do tratamento mais cruel.

Educris com AIS



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