Liberdade Religiosa: Conferência lembra situação dos cristãos

Não há "varinha mágica" para resolver o problema da intolerância religiosa no Médio Oriente. Esta foi a principal conclusão de uma conferência, esta semana, no Instituto de Doha para Estudos Superiores, no Catar.

Como pano de fundo do debate esteve a violência sobre os cristãos nesta região, nomeadamente no Egipto e no Iraque, país que assistiu, nos últimos anos, a um verdadeiro êxodo da comunidade cristã.

A reunião, de dois dias, contou com a participação de professores universitários, cientistas políticos, pesquisadores e escritores.

Segundo a estação de televisão Al Jazeera, os participantes concordaram que “a democracia e o estado de Direito poderiam ser usados ??para redefinir o papel da religião” no Médio Oriente, tendo um dos participantes, o professor Azmi Bishara, afirmado que “não se pode simplesmente separar os cristãos do resto do mundo árabe”, pois “o problema das minorias também afecta a maioria muçulmana”.

Na radiografia deste académico, os problemas que afectam tanto os cristãos como os muçulmanos, e que estarão na génese da discriminação e violência religiosa no Médio Oriente, são a “falta de direitos civis”, pelo que a “única solução” passa pela “cidadania e direitos iguais” para todos.

Para se conseguir essa igualdade de direitos e cidadania plena, será necessário, concluíram os participantes no encontro, que o mundo árabe consiga alcançar “paz social e desenvolvimento económico”, e que é necessário ainda “uma nova aliança” entre todos, que não acentue “as diferenças religiosas”, mas sublinhe, isso sim, os “valores comuns”.

Educris com AIS



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