Fundação Católica vai apoiar com 250 milhões de dolares reconstrução de casas em Nínive.
«Iraque, o regresso às raízes», é o tema da conferência internacional que a Fundação Ajuda à Igreja Sofre (AIS) que hoje decorre em ROma e onde vai ser apresentado o projeto de reconstrução das aldeias e povoados cristãos destruídos ou parcialmente danificados durante a ocupação da chamada Planície de Nínive pelos jihadistas do auto-proclamado Estado Islâmico.
O projeto, orçado em cerca de 250 milhões de dolares, vai permitir "a manutenção da presença da comunidade cristã nesta região bíblica", sustenta, em comunicado a organização.
A fundação AIS estima em "cerca de 12 mil famílias, num total de 95 mil pessoas", o número de pessoas que foram "forçadas a fugir, no Verão de 2014, abandonando tudo o que tinham, por causa da conquista da região pelos jihadistas".
As habitações foram "saqueadas e destruídas" assim como "igrejas, escolas e hospitais". A organização católica aponta para cerca de 363 edifícios cristãos, já identificados, e que necessitam de intervenção urgente".
A conferência de hoje conta com a presença do Cardeal Mauro Piacenza, presidente Internacional da Fundação AIS, e de outros altos responsáveis da Igreja, como o Cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, o Patriarca Caldeu, D. Louis Sako, o Arcebispo sírio-ortodoxo de Mossul, D. Alberto Ortega Martinez, e ainda, entre outros, o Arcebispo sírio-católico de Mossul, Youhanna Petros Mouche e o Pe. Andrzej Halemba, responsável pelos projectos da Fundação AIS no Médio Oriente – e que é, simultaneamente, presidente da Comissão para a Reconstrução de Nínive.
Também o Papa Francisco se associou a esta iniciativa tendo recebido, no final de agosto, Mark von Riedemann eMarcela Szymanski, em audiência privada. Francisco fez um donativo pessoal para uma clínica, em Erbil, no Curdistão iraquiano, que presta auxílio a cerca de 3 mil pessoas e que só tem as portas abertas graças também à generosidade dos benfeitores e amigos da Fundação AIS.