Mundo: Bispos portugueses juntam-se ao apelo do Papa e pedem dia de «jejum e oração»

Conferência Episcopal Portuguesa publica «Apelo à Paz» e associa-se ao Dia de jejum e oração proposto pelo papa Francisco

Os bispos portugueses divulgaram hoje uma mensagem onde se apresentam em “em sintonia com os constantes apelos do Papa Francisco” e apelam aos responsáveis políticos para que “façam todos os esforços que conduzam à Paz verdadeira”.

“Em sintonia com os constantes apelos do Papa Francisco, a Conferência Episcopal Portuguesa, diante das dramáticas situações de guerra, violência e morte em várias partes do mundo, nomeadamente na Ucrânia e mais recentemente na Terra Santa, apela vivamente a que se façam todos os esforços que conduzam à Paz verdadeira”.

Na missíva a Conferência Episcopal Portuguesa, organismo que reúne todos os bispos portugueses, “propõe que todas as famílias, paróquias e comunidades religiosas façam um dia de jejum e oração pela paz e reconciliação na terça-feira, 17 de outubro”, como resposta ao “veemente convite do Cardeal Pierbattista Pizzaballa, Patriarca Latino de Jerusalém, em nome dos bispos da Terra Santa”.

“Onde for possível, estes momentos de oração podem ser organizados com a adoração eucarística e a recitação do rosário”, completam.

Oração: Força gentil e santa para se opor à força diabólica

No final do Ângelus de ontem o papa Francisco convocou os cristãos para um dia de oração e Jesus pela paz no mundo, com destaque para a Ucrânia e a Terra Santa.

“A oração é a força gentil e santa para se opor à força diabólica do ódio, do terrorismo e da guerra. Convido todos os crentes a unirem-se à Igreja na Terra Santa e a dedicarem a próxima terça-feira, 17 de outubro, à oração e ao jejum”, afirmou perante centenas de peregrinos que se encontravam reunidos na praça de São Pedro, no Vaticano.

Mostrando-se consternado pela situação que se vive na Terra Santa o Papa argentino apelou à abertura de “corredores humanitários” e à libertação dos reféns.

“Acompanho com grande dor o que está a acontecer em Israel e na Palestina. Penso em tantos..., especialmente nos pequenos e nos idosos. Renovo o meu apelo à libertação dos reféns e peço veementemente que as crianças, os doentes, os idosos, as mulheres e todos os civis não se tornem vítimas do conflito. Que o direito humanitário seja respeitado, especialmente em Gaza, onde é urgente e necessário garantir corredores humanitários e ajudar toda a população”.

Com visível comoção, e um dia após ter afirmado ao jornalista português Henrique Cymerman, ter a certeza de “haver aí companheiros meus”, o Papa pediu o fim do derramamento de sangue inocente.

“Irmãos e irmãs, muitos já morreram. Por favor, não deixemos que mais sangue inocente seja derramado, nem na Terra Santa, nem na Ucrânia, nem em qualquer outro lugar! Chega! As guerras são sempre uma derrota, sempre”.

Imagem: Arquivo| Terço na Cidade

Educris|16.10.2023

 



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