Laudate Deum: O alerta do Papa para as alterações climáticas Cvídeo)

Publicação sobre a crise climática contém seis capítulos e dirige-se a “todas as pessoas de boa vontade”

Foi no passado dia 4 de outubro, festa de São Francisco de Assis, que o Papa Francisco publicou a nova Exortação Apostólica Laudate Deum sobre a crise climática.

Após a publicação da Laudato Si’, em 2015, o papa argentino quis escrever “um complemento e atualização” daquela que ficou conhecida como a ‘Encíclica Verde’, chamando a atenção para uma forma de humanidade que “pretende tomar o lugar de Deus” coloca-se “a si mesmo em perigo”.

Composta por seis capítulos o documento começa por abordar o problema da “crise climática global”. Francisco adverte que a mudança climática é inegável e os seus efeitos estão a tornar-se tornando cada vez mais evidentes "apesar de algumas tentativas de minimizá-los ou ridicularizá-los" (LD 6).

O papa lamenta que a principal causa deste problema seja a “atividade humana” e acrescenta que é tempo para tomar “medidas que evitem danos futuros ainda mais graves”.

No segundo capítulo o pontífice lança um olhar sobre o “paradigma tecnocrático” e critica aberta o modo como a humanidade explora ilimitadamente a natureza, convidando as nações a “reconhecer que a ambição desenfreada não é eticamente sustentável”.

Para Francisco, já no terceiro capítulo, é urgente “uma cooperação global através de novos acordos multilaterais entre os Estados”, uma vez que as “abordagens atuais e anteriores são insuficientes”.

 Refletindo sobre “as conferências sobre o clima: progressos e fracassos”, o Papa incentiva os participantes à “superação das posições egoístas dos países” em benefício do “bem comum global”, e lança, já no quinto capítulo, um alerta sobre “o que se deve esperar da COP28 no Dubai”, sob pena de pela inação “condenarmos a humanidade”.

A fechar esta exortação apostólica o Santo Padre convoca “conclama as pessoas de todas as denominações religiosas a reagir”. Num capítulo dedicado às “motivações espirituais”, Francisco lembra que para os católicos “há uma responsabilidade de cuidar da criação de Deus e isso implica o respeito pelas leis da natureza e o reconhecimento da beleza e da riqueza da criação de Deus”.

Imagem: Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral

Educris|12.10.2023



Newsletter Educris

Receba as nossas novidades