Estudo revela que «maioria dos jovens portugueses são religiosos» e quase «metade católico»

Estudo foi elaborado pela Universidade Católica a pedido da Conferência Episcopal Portuguesa e revela que 56% dos jovens portugueses afirmam ser religiosos. Um terço diz rezar diariamente

O Centro de Estudos dos Povos e Culturas de Expressão Portuguesa (CEPCEP), da Universidade Católica Portuguesa, apresentou os resultados do estudo «Jovens, Fé e Futuro» onde se fica a saber que cerca de metade (49%) dos jovens portugueses entre os 14 e os 30 anos se afirmam católicos.

Os resultados da análise, pedida pela Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) àquele departamento da Universidade Católica, surge no contexto da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e afirma que cerca de “56% dos jovens portugueses são religiosos”.

Com 2480 respostas completas ao inquérito, realizado entre abril e outubro de 2022, os jovens portugueses consideram a religiosidade como uma “dimensão importante da vida” e 88% dos que se afirma ‘religiosos’ são católicos. Em segundo lugar aparecem os evangélicos, com 6%.

Dos 88% que se consideram religiosos 68% dizem ter pratica religiosa, indica o estudo coordenado por Patrícia Dias para quem as conclusões, contem valores significativos tendo em conta a ideia de que vive “numa sociedade dessacralizada”.

Cerca de 1 terço do número total de respostas (34%) afirma rezar regularmente e ter participação ativa num grupo ou comunidade religiosa.

Os restantes, que se afirmam crentes, mas não tem vínculo a uma determinada religião ou comunidade, aponta como principal motivo a “falta de compromisso e empenho”. No grupo etário dos 18 aos 30 anos a ausência parece justificar-se, para 44% dos inquiridos, “no desacordo com algumas normas dessa prática”.

Outro destaque vai para o item “tolerância” onde 51% se considera “bastante tolerante em relação a diferentes manifestações de religiosidade”.

Do outro lado da ‘balança’ 18% dos que se consideram crentes afirmam já ter sido alvo de discriminação, sendo a percentagem mais elevada, 24%, entre os jovens adultos, dos 18 aos 30 anos.

No topo das preocupações das novas gerações, independentemente do seu posicionamento religioso, está a guerra (63%), as alterações climáticas (55%) e a equidade e discriminação (54%).

Imagem:PQ

Educris|06.07.2023



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