«Podemos ver sementes de perseguição religiosa» na União Europeia, afirma Augusto Santos Silva

Presidente do Parlamento alertou para “os sinais preocupantes” de desigualdade “e mesmo de perseguição” religiosa na União Europeia

Augusto Santos Silva presidiu ontem na Assembleia da República ao lançamento do Relatório da Fundação AIS sobre a Liberdade Religiosa no Mundo e alertou para “.

O presidente da Assembleia da Republica afirmou ontem que a vigilância europeia sobre a liberdade Religiosa não pode vacilar.

“O facto de no mapeamento a traço grosso a União Europeia, por exemplo, não aparecer, e de Portugal também não aparecer [com nenhum incidente relevante], não nos deve tornar menos vigilantes, porque numa análise mais fina nós podemos ver sinais preocupantes ou sementes de desigualdade entre as religiões e mesmo de perseguição religiosa.”

Durante a apresentação do relatório sobre a Liberdade Religiosa no Mundo que denuncia atentados à liberdade religiosa para 62% da população mundial, o politico português alertou para “sinais muito preocupantes” também em contexto europeu.

“A islamofobia, a cristofobia, o antissemitismo, não estão ausentes da realidade dos países da União Europeia”, lamentou.

Para aquele que é a segunda figura do estado português é fundamental “defender a democracia” como primeiro garante da “própria liberdade religiosa”.

“Não há pior inimigo da liberdade religiosa que o autoritarismo político e não há melhor amigo da liberdade religiosa do que a democracia política.”

O Presidente da Assembleia da República lembrou ainda que “a maneira como em cada país o Estado e a sociedade civil olham para as religiões minoritárias, também tem de ser constantemente aperfeiçoado”, deixando o repto para as pessoas serem “vigilantes” no que diz respeito “à situação da liberdade religiosa em cada um dos nossos países”.

Santos Silva garantiu, ainda, que vai levar à conferência de líderes a possibilidade de a Assembleia da República se associar à “Red Week”, uma iniciativa que a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre organiza em Portugal para sensibilizar a opinião pública para esta questão.

O relatório sobre a Liberdade Religiosa no Mundo, produzido pela Fundação AIS abrange os anos de 2021 e 2022 e indica que dos 61 países onde a discriminação e a perseguição são claramente visíveis, consegue perceber-se que em 49 deles, é o próprio governo que persegue ou mesmo assassina os seus cidadãos por motivos religiosos.

Imagem: Fundação AIS

Educris|23.06.2023



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