Papa reza pelos enfermeiros, «exemplos de heroísmo» (C\vídeo)

No dia em que assinala os 200 anos do nascimento de Florence Nightingale, e se celebra o dia da enfermagem Francisco considerou esta profissão uma verdadeira “vocação”.

“Hoje é o dia dos enfermeiros. Enviei ontem uma mensagem a todos. Rezemos hoje pelos enfermeiros e enfermeiras, homens, mulheres, rapazes e raparigas que exercem esta profissão, que mais do que uma profissão, é uma vocação, uma dedicação. Que o Senhor os abençoe. Nesta época da pandemia, deram um exemplo de heroísmo e alguns perderam a vida. Rezemos pelos enfermeiros e enfermeiras”, disse no início da eucaristia a que presidiu no Vaticano.

Na sua homilia, e partindo do evangelho do dia em que Jesus dá “a sua paz” Francisco explicou “o que é a Paz de Jesus” em comparação com a “paz do mundo”.

“A Paz de Jesus não é uma questão de paz universal, essa paz sem guerra que todos queremos que haja sempre, mas a paz de coração, paz da alma, paz que cada um de nós tem dentro de si. E o Senhor concede-a, mas sublinha: «não como o mundo a dá» (v. 27). Como dá a paz o mundo e como a dá o Senhor? Serão pazes diferentes? Sim, são”, apontou.

Para o papa o mundo dá “uma paz interior” como “como algo teu, pertença que te isola, te mantém igual a ti mesmo”.

“Sem te aperceberes fechaste nesta paz, nesta tranquilidade que te deixa feliz, mas é um pouco egoísta”, denunciou.

Para Francisco “esta paz é dispendiosa porque temos de mudar constantemente os ‘instrumentos da paz’: quando uma coisa te entusiasma dá-te paz, depois acaba e tens de encontrar outra... É dispendiosa porque é provisória e estéril”.

O papa explicou, em seguida a “paz que Jesus dá” e que é “diferente da paz do mundo”.

“A paz que Jesus dá é algo mais. É uma paz que vos põe em movimento: não vos isola, põe-vos em movimento, faz-vos ir ter com os outros, cria comunidade, cria comunicação. A paz do mundo é dispendiosa, a paz de Jesus é gratuita, é grátis; é um dom do Senhor: a paz do Senhor. É fecunda, leva-nos sempre em frente”.

O papa desafiou os fiéis a questionarem-se “sobre qual é aminha paz e onde a encontro” para poder discernir se vivo “com a paz do mundo ou com a paz de Jesus”.

“E a paz do Senhor é fecunda também para mim, porque é cheia de esperança, isto é, olha para o Céu.

No final o papa rezou pedindo a graça “desta paz cheia de esperança, que nos torna fecundos, que nos torna comunicativos com os outros, que cria comunidade e que olha sempre para a paz definitiva do Paraíso”.

Educris|12.05.2020



Newsletter Educris

Receba as nossas novidades