Covid-19: Papa reza pelos «trabalhadores» e pede «remunerações» justas (C\vídeo)

«A Dignidade do Trabalho» foi tema central da meditação matinal do Papa Francisco

“Hoje é a festa de São José, o trabalhador, e assinala-se o Dia dos Trabalhadores: oremos por todos os trabalhadores. Por todos. Para que ninguém perca o seu emprego e que todos sejam devidamente remunerados e possam desfrutar da dignidade do trabalho e da beleza do descanso”, pediu o papa no início da eucaristia a que presidiu, no Vaticano.

Na sua homilia, e tomando o trecho do livro dos Génesis que aborda o tema da “Criação” Francisco convidou os fiéis a olharem para “o trabalho de Deus, enquanto criador” e do “Ser humano” como “continuador do trabalho da criação”.

“Deus criou o mundo, criou o homem e deu uma missão ao homem: gerenciar, trabalhar, continuar a criação. E a palavra ‘trabalho’ é a que a Bíblia usa para descrever essa atividade de Deus”.

Deste modo “o trabalho humano é a vocação do homem recebida de Deus no final da criação do universo”, sustentou.

Para o papa “o trabalho torna o homem semelhante a Deus, porque, com o trabalho, o homem é criador”.

“Trabalhar é a primeira vocação do homem. Isto dá-lhe uma dignidade que o assemelha a Deus, a dignidade do trabalho”.

Francisco recordou as “tristes histórias” de tantos homens e mulheres a quem, ao longo da história, “não foi dada esta liberdade para trabalhar” e denunciou a existência de “escravidão nos nossos dias”.

“Até hoje existem muitos escravos, muitos homens e mulheres. mulheres que não são livres para trabalhar: são forçados a trabalhar, a sobreviver. São escravos: trabalho forçado ... há trabalho forçado, injusto, mal remunerado e que leva o homem a viver com dignidade atropelada”, apontou criticando aqueles que exploram os “trabalhadores a dias, os jornaleiros, obrigando-os a trabalhar doze a catorze horas por um salário minino sem descontos ou assistência médica”.

O papa considerou que sempre que “se atropelam os direitos no trabalho” está-se a atropelar “a dignidade humana” e a impedir que o Ser Humano “cumpra a vocação recebida de Deus e que crie, recrie e trabalhe”.

Em Dia Mundial do Trabalhador o papa lembrou “crentes e não crentes”, todos os que “lutam pela justiça no local de trabalho” e rezou por todos “os empreendedores conscientes” que percebem que num momento de crise “despedir o outro é despedir-se a si mesmo”.

Educris|01.05.2020

 



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