Missa em Santa Marta: Pedir a «Graça da coerência» e abandonar hipocrisia

Na missa desta manhã em Santa Marta o Papa condenou todas as “formas de hipocrisia” e pediu “coerência de vida” aos ministros da Igreja recordando o Sínodo dos Bispos sobre a Juventude

Na sua homilia, citado pelo Osservatore Romano, Francisco recuperou, para meditação, o excerto da retirada do livro Profeta Isaías e msotrou o modo como o profeta pedia “coerência entre o formal e o real, entre a realidade e as aparências”:

“A simplicidade da aparência deveria ser redescoberta sobretudo no período da Quaresma, através do exercício do jejum, da esmola e da oração. Os cristãos, de facto, deveriam fazer penitência mostrando-se alegres; ser generosos com quem se encontra na necessidade sem «soar os tambores» e aprender a dirigir-se ao Pai quase «escondido», sem buscar a admiração dos outros”.

Para o Papa, os que “buscam as aparências jamais se reconhecem pecadores” e “vivem da aparência” que é verbalizada por Jesus com o adjetivo “hipócrita”.

“Todos nós somos tentados pelas hipocrisias e o tempo que nos conduz à Páscoa pode ser ocasião para reconhecer as próprias incoerências, para identificar as camadas de maquiagem de modo a «esconder a realidade» ”, sustentou o Papa que recordou como o tema surgiu na XV Assembleia geral ordinária do Sínodo dos Bispos sobre a juventude:

“Os jovens ficam impressionados com aqueles que buscam aparecer, mas depois se comportam sem coerência, sobretudo quando esta hipocrisia é vivida por «profissionais da religião». Recordemos que o Senhor pede coerência”, pediu.

No final da sua homilia o Francisco convidou os fiéis a redescobrirem a beleza da simplicidade, da realidade que “deve estar unida à aparência”:

“Peçamos ao Senhor a força de ir para diante com humildade. Não de modo a maquilharmos a alma porque, deste modo, não seremos reconhecidos pelo Senhor. Peçamos ao Senhor a graça de sermos coerentes, de não sermos vaidosos, de não aparecer mais dignos daquilo que somos. Peçamos esta graça nesta Quaresma: a coerência entre o formal e o real, entre a realidade e as aparências”, concluiu.

Educris|08.03.2019



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