Papa Francisco: Devemos pedir «a graça da vergonha»

Francisco retomou, nesta manhã, as celebrações eucarísticas na Capela da Casa de Santa Marta, no Vaticano, após os exercícios espirituais da Quaresma.

Na sua homilia, e tomando para meditação um trecho do evangelho de Lucas o Papa afirmou que é "necessário pedir a graça da vergonha, o «não julgueis e não sereis julgados» " presente no Evangelho:

"Ninguém, de facto, poderá fugir do juízo universal: todos seremos julgados. Nesta ótica, a Igreja faz-nos refletir justamente sobre a atitude que temos com o próximo e com Deus", explicou citado pelo portal de comunicação do Vaticano.

"Nas reuniões que temos, um almoço, o que quer que seja, pensemos em duas horas de duração: dessas duas horas, quantos minutos foram usados para julgar os outros? Este é o ‘não’. E qual é o ‘sim’? Sejam misericordiosos. Sejam misericordiosos como o Pai é misericordioso. E mais: sejam generosos. Dai e ser-vos-á. O que me será dado? Uma boa medida, calcada, sacudida, transbordante. A abundância da generosidade do Senhor, quando nós seremos plenos da abundância da nossa misericórdia em não julgar", apontou.

O segundo convite é o da misericórdia porque "ser misericordioso com os outros tal como Senhor será misericordioso connosco" através de uma "atitude de humildade com Deus, reconhecendo-se pecadores":

"E nós sabemos que a justiça de Deus é misericórdia. Mas é preciso dizê-lo. E quando se encontra a justiça de Deus com a nossa vergonha, ali está o perdão. Eu creio que pequei contra o Senhor? Eu acredito que o Senhor é justo? Eu acredito que é misericordioso? Eu envergonho-te diante de Deus, de ser pecador? Tão simples: a Ti a justiça, a mim a vergonha. E pedir a graça da vergonha", sustentou.

No final o Papa rezou pedindo a graça "da vergonha: É uma grande graça, a vergonha. Assim recordamos: a atitude em relação ao próximo, recordar que com a medida com a qual julgo serei julgado. E se digo algo sobre o outro, que seja generosamente, com muita misericórdia. A atitude diante de Deus, este diálogo essencial: “A Ti a justiça, a mim a vergonha”, concluiu.

Educris|26.02.2018



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