Papa Francisco: "Testemunho, maternidade e filiação"

A «transmissão da fé» foi tema central da homilia do Papa Francisco.

Na eucaristia a que presidiu na casa de Santa Marta no vaticano o Papa afirmou que a “pregação da verdade, da fé sincera é sempre uma grande alegria”.

Tomando, como ponto de partida, o excerto da segunda carta de São Paulo Apóstolo a Timóteo, o Papa afirmou “três palavras com que a fé é transmitida”: «Filho, maternidade e testemunho”.

Francisco convidou os fieis a interiorizarem o modo como Paulo chama a Timóteo: «meu filho»:

“Na verdade Paulo chama Timóteo de ‘filho’ porque a alegria da sua pregação é a sua própria paternidade. Paulo nunca suaviza a sua pregação com meias verdades pois só a verdade corajosa pode educar. Esta é a paternidade na geração da fé”, apontou.

Deste modo, prosseguiu, a “palavra ‘bofeteia’ e isso faz-te andar para diante”:

“A fé não é morna. Vejamos o caso de São Paulo em Atenas que prega aos gregos a ‘loucura’ de um Deus que se fez homem e foi crucificado e depois ressuscitou. A reação dos atenienses é conhecida «amanhã voltamos a ouvir-te.»”.

A transmissão da fé faz-se com testemunho

"A palavra “testemunho” foi a segunda referida pelo Papa para a transmissão da fé. Francisco lembrou “tanto contratestemunho nas paróquias onde o mal dizer destrói com rumores e calunias a verdade da fé”:

“Os pagãos de Antioquia olhavam para os seguidores de Jesus e afirmavam «vejam como eles se amam». De facto, uma palavra sem testemunho não tem força. Precisamos do ‘testemunho’ de uma vida cristã que desperte noutros a curiosidade de saber porque se vive desta maneira”, apontou.

Maternidade: A fé transmitida desde o berço

“Mãe, avó, a maternidade é a terceira palavra. A fé transmite-se desde o ventre materno, o ventre da Igreja. Porque a Igreja é mãe, a Igreja é feminina. A maternidade da Igreja prolonga-se na maternidade da mãe, da mulher”.

Neste ponto o Papa lembrou o caso de uma irmã religiosa, Maria Kaleta, que na Albânia, e estando prisioneira saia em precária para ir ao rio batizar os filhos bebés de outras prisioneiras:

No final Francisco lamentou que haja “tantas crianças que não sabem sequer fazer o sinal da cruz” e pediu que na formação dos casais para o matrimónio seja ensinado “que é dever a transmissão da fé aos mais novos”.

No final rezou: “Peçamos ao Senhor que nos ensine como testemunhas, como pregadores e também às mulheres, como mães, a transmitir a fé”, concluiu.

Educris com vatican.va



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