Na manhã desta segunda-feira o Papa Francisco celebrou a eucaristia na capela de Santa Marta, no Vaticano. Na sua homilia o Papa apontou os cinco verbos que Jesus viveu na primeira pessoa.
“Existem cinco verbos de ‘proximidade’ que Jesus vive em primeira pessoa e indicam-nos os critérios para o «protocolo final»: ver, chamar, falar, tocar e curar”.
Para o Papa “todos seremos julgados a partir destes verbos” não bastando “viver com boas maneiras ou apenas com palavras amigas”:
“No trecho do evangelho de hoje encontramos Jesus na sinagoga a escutar a Palavra de Deus e, também a pregá-la. Jesus fazia-o com autoridade moral e, por isso, era convidado a falar. Aí uma mulher doente pede para ser curada. Jesus olha-a”, apontou o Papa recordando que aqui se encontram os dois primeiros verbos.
Na sua reflexão Francisco convidou os fiéis a olharem para este ‘quadro’ presente no evangelho:
“Jesus aproximou-se dela com atitude do bom pastor. Uma atitude de proximidade. O bom pastor está próximo da ovelha perdida e deixa tudo para ir busca-la”.
Esta atitude de Jesus é um pedido “para tocarmos a carne do outro, especialmente daquele que sofre”:
“Jesus está sempre com as pessoas que foram abandonadas pelo grupo clerical dominante. Pobres, doentes, pecadores e leprosos, todos estavam lá porque Jesus tinha essa capacidade de se mover perante a doença, era bom pastor.
O caminho do Bom Pastor é o de “se baixar, esvaziar-se, aniquilar-se, assumir o estatuto de servo e tocar a carne do pobre”.
No final Francisco deixou o convite:
"Pensemos no bom pastor, pensemos em Jesus que vê, chama, fala, toca e cura; pensemos que o Pai faz o seu filho carne por compaixão. Este é o caminho do bom pastor, o pastor que vemos hoje, nesta passagem do Evangelho. Peçamos a graça para o povo de Deus de ter bons pastores, pastores como Jesus, que não tem vergonha de tocar a carne ferida”.