Vaticano: “Estar aberto à visita de Deus” e fazer “memória do encontro”

Na manhã desta segunda-feira o Papa Francisco afirmou que “ninguém é excluído do encontro com o Senhor” pois Deus "passa na vida de cada um, e todo cristão é chamado a estar em tensão esperando este encontro para o reconhecer e receber a sua paz”.

Na sua homilia o Papa começou por recordar a primeira leitura retirada do livro de Esdras (Esdras 1,1-6) e onde se narra «o momento no qual o povo de Israel é libertado do exílio»:

“Um povo que vendo o modo como Deus inspira um rei pagão a ajudar o povo afirma cantando que «grandes coisas fez por nós o Senhor» e, ainda, pareceu-nos viver um sonho”.

Para o Papa esta narrativa demonstra que “mesmo não percebendo tudo estavam alegres” com a libertação.

Francisco recordou que é o mesmo povo que anos antes tinha recusado o canto aos pagãos alegando que estava «longe da sua terra».

“O que a leitura nos mostra é uma visita do Senhor. Deus visita o seu povo e trá-lo de volta a Israel”, explicou o Papa para se reter na palavra “visita”, uma “palavras importante na história da salvação:

“ [Visita] Encontra-se, por exemplo, quando José fala aos seus irmãos no Egito pois sempre que o senhor visita o seu Povo este ato de libertação é uma ação redentora”.

Para o Papa “quando o Senhor na visita dá-nos alegria, e conduz-nos a um estado de consolação que não é momentâneo mas um estado na vida espiritual de todo o cristão”, sustentou.

Nisto, o Papa explicou, em três pontos, a sua meditação: "aguentar consolação", passa por ser capaz de "reconhecer consolação, pois há falsos profetas que parecem consolar-nos e, em vez disso, nos enganam".

Francisco explicou que para “este estado de consolação” o cristão deve “estar aberto à visita de Deus”, “reconhecer a consolação através da esperança do encontro com Jesus fugindo aos falsos profetas” e “conservar a consolação” através do “fazer memória do encontro como fez o povo quando foi libertado”:

“Voltámos a Jerusalém porque Deus nos libertou. Esperar a consolação, reconhecer a consolação e conservar a consolação. E quando esse momento forte passa o que permanece? A paz. E a paz é o último nível da consolação”, concluiu o Papa rezando e pedindo para cada um a graça da consolação”.

Educris com L'Osservatore Romano

Educris|25.09.2017



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