Ângelus: «A Cruz é a cátedra de Deus», afirma o Papa Francisco

No caminho para a Páscoa Francisco apresentou hoje “a cruz de Jesus” como a maior escola onde o crente pode perceber e experimentar “o amor misericordioso de Deus”

O Papa Francisco apresentou hoje a cruz de Jesus como a “cátedra de Deus”, pois aí “o Senhor ensina que a verdadeira glória, aquela que nunca tem fim e que nos torna felizes, é feita de dom e perdão”.

“Dom e perdão são a essência da glória de Deus. E são para nós o caminho da vida. Dom e perdão: critérios muito diferentes dos que vemos à nossa volta, e também em nós, quando pensamos na glória como algo a receber e não a dar; como algo a possuir e não a oferecer”.

Na reflexão que antecéu, esta manhã, a recitação da oração mariana do Ângelus, a partir da varanda do Palácio Apostólico, no Vaticano, Francisco realçou que “glória de Deus” é diametralmente oposta à “glória humana” que se entende “como algo a possuir e não a oferecer”.

“Não, a glória mundana passa e não deixa alegria no coração; nem conduz ao bem de todos, mas à divisão, à discórdia, à inveja”, considerou.

Numa altura em que os cristãos se aproximam da Semana Santa, o papa convidou os fiéis a refletir sobre o entendimento que Deus faz do conceito de Glória.

“Para Deus a glória não corresponde ao sucesso humano, à fama ou à popularidade; a glória, para Deus, não tem nada de autorreferencial, não é uma exibição grandiosa de poder seguida de aplausos do público. Para Deus, a glória é amar até ao ponto de dar a vida”.

Francisco apresentou a glória como o “doar-se, tornar-se acessível, oferecer o seu amor”.

“E isto aconteceu de forma culminante na Cruz, precisamente ali, onde Jesus manifestou ao máximo o amor de Deus, revelando plenamente o seu rosto de misericórdia, dando-nos a vida e perdoando os seus crucificadores”, desenvolveu.

No final da sua reflexão, e ainda em tempo de Quaresma, Francisco desafiou os crentes a refletir sobre “a glória que desejo para mim, para a minha vida” e a perceber que “sempre que doamos e perdoamos é a glória de Deus que resplandece em nós”, concluiu.

Educris|17.03.2024



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