Vaticano: «É urgente passar da cultura do desperdício para a do cuidado» afirma o Papa

Francisco assinalou hoje, no Vaticano, o «Dia Mundial do Ambiente»

O Papa comparou hoje as alterações climáticas e o impacto da pandemia a uma autêntico “um conflito global”, e lamentou “a inércia” de tantos países após os acordos de Paris.

“Temos diante de nós um desafio estimulante e exequível: passar da cultura do desperdício para estilos de vida baseados na cultura do respeito e cuidado, cuidado com a criação e cuidado com os outros, próximos ou distantes no espaço e no tempo”, apontou.

Perante os promotores do ‘Festival Verde e Azul’ Francisco lembrou a importância de ser trilhado “um caminho educativo” que permita “a transformação da nossa sociedade, tanto individual como comunitária”.

No dia em que se assinala o Dia Mundial do Ambiente sob o lema «Terra para todos», o papa reiterou a ideia de que “ninguém se salva sozinho”.

“No fundo, ninguém se salva sozinho e a redescoberta da fraternidade e da amizade social é decisiva para não desembocar num individualismo que faz perder a alegria de viver”, reforçou.

Nas suas palavras Francisco voltou a apontar “uma mudança decisiva nos modelos de consumo e produção” para travar e inverter a crise climática, que, insistiu, “atinge os pobres, os mais frágeis”, e, por isso, “é uma questão e justiça e depois de solidariedade”.

Desejando que a humanidade do século XXI seja lembrada por ter assumido “generosamente as suas graves responsabilidades”, Francisco apontou a necessidade de se instituir uma verdadeira “cultura do cuidado”.

“É necessário acelerar esta mudança de rumo, em favor de uma cultura do cuidado, como se cuidam das crianças, que coloque no centro a dignidade humana e o bem comum, e que se alimente daquela aliança entre o ser humano e o ambiente que deve ser um espelho do amor criador de Deus, de quem viemos e para o qual caminhamos”.

Aos participantes da iniciativa, que amanhã continua em Milão, no norte de Itália, o papa citou a encíclica Caritas in veritate, do falecido Papa Bento XVI para reafirmar ser “necessário acelerar esta mudança de rumo em prol de uma cultura de cuidado – como se cuidam as crianças – que coloque no centro a dignidade humana e o bem comum. E que se alimente ‘daquela aliança entre o ser humano e o meio ambiente que deve ser um espelho do amor criador de Deus, de quem viemos e para quem caminhamos’”, concluiu.

Educris|05.06.2023



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