Mundo: «Violência extrema» contra mais de uma centena de cristãos marca ano

Assassinatos raptos e prisões para um cristianismo cada vez mais perseguido no mundo

As contas são feitas pela Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) no balanço de mais um ano civil. De acordo com a organização católica “o balanço é assustador” aponta para mais de “uma centena de ações violentas, em várias latitudes, contra membros da Igreja”.

“Nigéria, em África, China, na Ásia, e Nicarágua, na América Latina, são países em destaque quando se olha para o ano que agora termina e se procura perceber como foi a violência contra a Igreja em todo o mundo” reporta a fundação pontifícia.

A organização revela, “pelo menos o assassinato de 17 sacerdotes e irmãs” ao longo de 2022.

“Só na Nigéria foram mortos sete sacerdotes. Quatro, no desempenho das suas missões na Igreja, e mais três que acabariam assassinados após terem sido vítimas também de rapto. Em outros dois países houve também mortes violentas a registar”.

Também no México, três padres foram “vítimas dos cartéis da droga que têm o país sequestrado pela crueldade e medo, enquanto na parte oriental da República Democrática do Congo dois sacerdotes foram baleados mortalmente também durante o corrente ano”.

Em África a AIS lamenta a perda “da vida de quatro das cinco religiosas” em países como o Sudão do Sul, Moçambique ou na República Democrática do Congo.

Também sinal da violência contra a Igreja é o número elevado de raptos de sacerdotes e irmãs. Durante o ano que agora finda houve um total de 42 padres sequestrados em diferentes países, dos quais 36 acabaram por ser libertados.

“Em três situações, na Nigéria, os sacerdotes acabaram por ser assassinados, e há ainda a considerar três outros padres que continuam desaparecidos, vítimas também de rapto. Dois na Nigéria, e um no Mali”, divulga a AIS.

Para lá dos raptos e sequestros os diferentes relatórios dão conta de, pelo menos, 32 casos de pessoas ligadas à igreja detidas, sob ameaça, ao longo do ano.

“Os casos mais recentes referem-se a quatro sacerdotes da Igreja Católica Grega Ucraniana que se encontravam a trabalhar em regiões ocupadas pela Rússia e que foram detidos no exercício das suas atividades pastorais”, reporta.

A Fundação AIS apela a todos os países envolvidos para que “se empenhem em garantir a segurança e a liberdade dos padres, religiosas e outros agentes pastorais, que servem indiscriminadamente os mais necessitados e tantas vezes em situações de perigo”.

Imagem: Unsplash

Educris|29.12.2022



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