Papa Francisco: «Em Nome de Deus, parai a guerra»

Em novo livro Francisco pede a reformulação da Organização das Nações Unidas, o fim da guerra e apresenta “10 orações por um futuro de esperança”

«Peço-vos, em nome de Deus. Dez orações para um futuro de esperança» é o título do novo livro do Papa Francisco, em diálogo com o jornalista argentino Hernàn Reyes Alcaide e que hoje é editado em Itália.

Na nova obra, que resulta de “um conjunto de telefonemas e de encontros pessoais entre Francisco e o jornalista argentino, o Papa apresenta o seu olhar sobre temas como a energia nuclear, a luta contra os abusos na Igreja, a loucura da guerra, os desvios da política e da economia mundial, as “fake news” e os discursos de ódio, a falta de acesso à saúde e outros temas de atualidade, numa retrospetiva dos quase 10 anos de pontificado e com várias ideias recuperadas das suas homilias.

Francisco mostra-se preocupado com o atual estado do mundo e lança um apelo universal para que se construa, a todo o custo, um horizonte comum de paz, tendo em vista um mundo melhor.

Sobre os conflitos bélicos, que alastram um pouco por todo o globo, Francisco afirma-os como “um fracasso da política das autoridades locais, nacionais e mundiais” e lamenta o uso “cada mais democratizado de armamento” que periga “a sobrevivência da vida humana na Terra”.

Numa critica implícita a muitos governos da atualidade, o papa retoma a questão das ‘fake news’ utilizadas para “dar falsas esperanças” e gerar “ilusão aos cidadãos”.

Advogando a ideia de que a humanidade assiste a “uma III guerra mundial espartilhada em vários pedaços”, Francisco afirma que nenhuma guerra é legitima se “não resolve os problemas que pretende superar”, e deixa, como exemplo, os casos Iémen, Líbia ou a Síria.

Um dos destaques da nova publicação vai para o modo como Francisco entende a ONU e a sua missão no século XXI.

“O mundo de hoje já não é o mesmo, e por isso é necessário repensar estas instituições para que possam responder a esta nova realidade e ser fruto do mais amplo consenso possível", escreve o Papa.

Imagem: Vatican Media

18.10.2022



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