Papa reza por «todos os que são condenados injustamente» (C/vídeo)

Francisco convidou os crentes a “perseverar no serviço” aos irmãos como “servos escolhidos”

“Nestes dias da Quaresma, vemos a perseguição que Jesus sofreu e como os doutores da Lei se enfureceram contra ele: ele foi julgado severamente, cruelmente, sendo inocente. Gostaria de orar hoje por todas as pessoas que sofrem uma sentença injusta por causa da crueldade”, afirmou no início da eucaristia a que presidiu na casa de Santa Marta, no Vaticano.

Na sua homilia, e tomando para meditação o trecho do livro do profeta Isaías que narra o “servo de Javé”, o papa afirmou que “esta profecia pode ser para casa um de nós” porque “também nós fomos escolhidos”.

“O povo de Deus foi escolhido antes do nascimento, cada um de nós também. Nenhum de nós caiu no mundo por acaso, por sorte. Cada um tem de nós tem um destino, um destino livre, o destino da eleição de Deus. Nasci com o destino de ser filho de Deus, de ser servo de Deus, com a tarefa de servir, de construir, de edificar. E isto, desde o ventre da mãe”.

Jesus dá-se até à morte: o caminho do serviço

Francisco apontou, então, o exemplo de Jesus, como “servo de Javé” e desafiou os fiéis a contemplarem nele “oque serve e que se dá até à morte” pois nisso consiste “o servir”.

“Jesus serviu até a morte. Parecia uma derrota, mas era o caminho para servir. E isto sublinha a maneira de servir que deveríamos ter nas nossas vidas. Servir é dar-se a si mesmo, dar-se aos outros. Servir não é pretender para cada um de nós outro benefício que não seja servir. Servir é a glória, e a glória de Cristo está em servir ao ponto de aniquilar-se até à morte, e morte na cruz (cf. Fl 2,8)”.

“Quando cada um de nós se afasta da vocação ao serviço, afasta-se da vocação que Deus lhes deu”.

No final o papa rezou pedindo a graça, “para si e para todo o povo de Deus”, de “nos reconhecermos como parte do povo de Deus” e de “não tiramos partido do nosso lugar na Igreja mas de estarmos ao serviço”, concluiu.

Educris|07.04.2020