Papa pede aos confessores: "Oração, discernimento e misericórdia"

"Os bons confessores não tem horários e confessam os fiéis cada vez que estes o pedem e são verdadeiros amigos de Jesus, indo ao encontro de fazer grande uso da misericórdia". As palavras são do papa Francisco no final desta manhã ao receber, na sala Clementina, os sacerdotes participantes do curso promovido pela Penitenciaria Apostólica sobre confissão.

Francisco lembrou, citado pela Rádio Vaticano,  que o curso "não vos torna bons confessores" pois isso "é uma longa escola que dura toda a vida" e apelidou o confessionário de "tribunal da misericórdia" convidando os presentes a refletirem sobre três características fundamentais do bom confessor:

"Podemos apresentar três critérios para se ser um bom confessor. A oração, o discernimento e o uso do confessionário como lugar de evangelização".

De seguida o papa argentino desenvolveu os três critérios. Sobre a oração Francisco afirmou que "um bom confessor é, antes de mais, um verdadeiro amigo de Jesus Bom Pastor" e reforçou a ideia de que sem o amadurecimento da oração específica para este ministério torna-se dificil a tarefa". Para Francisco a oração do confessor deve ser a do "bom samaritano" pedindo para si "o dom da humildade, o uso da misericórdia" e invocando o Espírito Santo para que "nos dê discernimento e compaixão perante os sofrimentos" de que se abeira do confessionário.

"Quão mal causa a falta de discernimento e de espirito de humildade à Igreja!", exclamou o papa Francisco.

Em seguida, e sobre o discernimento, o papa referiu que este "educa o olhar e o coração, permitindo ter aquela delicadeza de espírito tão necessária perante quem abre o sacrário da própria consciência para receber luz, paz, misericórdia".

Por fim Francisco explicou o que significa usar o confessionário como lugar de evangelização:

"O confessor deve discernir o que é mais necessário naquele momento para o caminho espiritual daquele irmão ou irmã. Trata-se, não poucas vezes, de anunciar de novo as mais elementares verdades da fé, o kerigma, sem o qual a própria experiência do amor de Deus ficaria sem efeito!"

Para o papa trata-se de apontar ao penitente "os fundamentos da vida moral" e isto constitui-se como "uma obra de imediato e inteligente discernimento que pode fazer muito bem aos fiéis".

No final o papa Francisco a todos deu a sua benção desejando que sejam "bons confessores, imersos na relação com Cristo, capazes de discernimento no Espírito Santo e prontos a acolher a ocasião para evangelizar". 



Newsletter Educris

Receba as nossas novidades