Papa Francisco lembra urgência de "terminar com as guerras" e "construir a paz"

Na celebração da eucaristia desta manhã o Papa Francisco lamentou a existência de "guerras promovidas pelos traficantes de armas e pelos poderosos" e convidou os cristãos a estarem "envolvidos" na "construção da paz".

Tomando, para meditação, a imagem da «pomba, arco-iris e aliança» presente na primeira leitura de Génesis Francisco começou por afirmar que " a aliança de Deus com a humanidade é forte" mas "nós somos fracos na preservação desta paz porque a inveja, o ciúme, a cobiça e o desejo de dominar o outro" se sobrepõem como "em Caím":

"Deus vai pedir-nos contas do sangue derramado pois somos responsáveis pelos nossos irmãos", frisou o papa citado pela Rádio Vaticano.

De seguida Francisco atualizou as leituras lembrando a situação atual do mundo:

"Hoje no mundo há derramamento de sangue. Hoje o mundo está em guerra. Muitos irmãos e irmãs morrem, inclusive inocentes, porque os grandes e os poderosos querem um pedaço a mais de terra, querem um pouco mais de poder ou querem ter um pouco mais de lucro com o tráfico de armas. E a Palavra do Senhor é clara: ‘pedirei contas do vosso sangue, que é vida, a qualquer animal. E ao homem pedirei contas da vida do homem, seu irmão’".

Olhando para os símbolos da paz presentes em Génesis, a "pomba, o arco-iris e a aliança" o papa questionou sobre o modo como hoje cada um de nós "pode defende-los de modo a que não haja mais sangue derramado no mundo".

Para o papa a resposta clara encontra-sena "oração pela paz" que não pode ser percecionada como uma "formalidade" pois "o trabalho pela paz não é uma formalidade" mas torna-se premente em todos os momentos de amargura":

"A guerra começa aqui e termina lá. Vemos as notícias nos jornais e na TV... Hoje, muita gente morre e a semente de guerra que gera inveja, provoca ciúmes, a cobiça no meu coração é a mesma coisa do que a bomba que cai num hospital, numa escola, matando crianças- é o mesmo. A declaração de guerra começa aqui, em cada um de nós".

Na parte final da sua homilia o papa argentino recordou um episódio da sua infância, quando a notícia do final da Segunda Guerra Mundial chegou à sua terra e a sua mãe "deu um abraço em choro e alegria à vizinha" pois "a guerra tinha terminado".

Como habituamente o papa rezou:

"Que o Senhor nos dê a graça de poder dizer: Terminou a guerra. Acabou a guerra no meu coração, acabou a guerra na minha família, acabou a guerra no meu bairro, acabou a guerra no meu trabalho, acabou a guerra no mundo. Assim serão mais fortes a pomba, o arco-íris e a aliança".

Educris com Rádio Vaticano



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