Papa em Santa Marta: «Abrir o coração à graça»

Na manhã desta quinta-feira, o Papa Francisco celebrou a eucaristia matinal na capela da Casa de Santa Marta, no Vaticano. Na sua homilia Francisco refletiu sobre a graça de Deus e insistiu na ideia de que "todos nós temos no coração resistências à graça" sendo, pois, necessário, "encontrá-las e pedir ajuda ao Senhor, reconhecendo-se pecadores".

No início da sua reflexão o Papa argentino tomou a oração da coleta que afirma que ' a tua graça vença as resistências do pecado'.  O Papa distingiu, então vários tipos de resistências:

"Há “esistências abertas, que nascem da boa vontade", como aquela de Saulo que resistia à graça, mas "estava convencido que fazia a vontade de Deus". As "resistências abertas são saudáveis", no sentido que "são abertas à graça para se converter".

Para o Papa as "as resistências escondidas" são as mais perigosas, porque são as que não se mostram:

"Cada um de nós tem o próprio estilo de resistência escondida à graça. É importante encontrá-la e colocar diante do Senhor, para que ele nos purifique", sustentou. 

Francisco apontou então três tipos de resistências escondidas. Há a resistência das “palavras vazias”. A titulo de exemplo o Papa tomou o evangelho para citar as palavras de Jesus que afirma que nem todo o que diz 'Senhor, Senhor' entrará no reino dos céus:

"Dizer sim, tudo sim, muito diplomaticamente; mas é ‘não, não, não’. Tantas palavras: ‘Sim, sim, sim; mudaremos tudo! Sim!’, para não mudar nada, não? Ali está a camuflagem espiritual: os que tudo dizem sim, mas que é tudo não. É a resistência das palavras vazias".

Para além desta existe a resistência "das palavras justificatórias", ou seja, quando uma pessoa se justifica continuamente, "parecendo sempre existir uma razão para se opor". Para o Papa este tipo de resistência "tem o mau cheiro do diabo" e um cristão "está justificado pela Palavra de Deus" não necesitando de "se justificar".

Por fim o Papa apresentou uma ultima resistência: "A das palavras acusatórias". Que acontece quando "se acusam os outros para não olhar para si mesmos" como na parábola "do fariseu e do publicano".

No final Francisco rezou pedindo ao Senhor que dê a força para nos "reconhecermos como pecadores":

"Senhor, com grande força, socorre-me. Que a tua graça vença as resistências do pecado. Sou pecador, ajuda-me Senhor! Preparemo-nos com esta reflexão para o próximo Natal", concluiu.



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