Sudão do Sul: Tensão agrava-se no país e fontes da Igreja afirmam que “o pior ainda está para acontecer”

A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) dá conta do agravamento da situação social no Sudão do Sul. A organização dá conta de um testemunho de um responsável local, que não quis ser identificado, que diz temer "o agravamento da situação no país" e afirma que "o pior ainda está para acontecer".

Num comunicado enviado hoje ao EDUCRIS a fundação pontifícia nota que nos últimos tempos "os governos estrangeiros estão a retirar os seus cidadãos do país" e isso constituiu-se em si mesmo como um "forte indício de quealgo terrível está para acontecer".

De acordo com um responsável de projeto da AIS, irmão de uma congregação religiosa"o aumento da violência nos últimos tempos, em especial na capital, Juba, tem causado imenso sofrimento entre a população". Este coleaborador denuncia "a forma como os vários governos de todo o mundo estão a agir, em pânico" o que se constituiu como prova para o que "poderá de grave acontecer em breve no território".

De facto, são cada vez mais crescentes os sinais de que o Sudão do Sul caminha perigosamente para um conflito armado, após a erupção de combates a 7 de Julho entre partidários do presidente e do seu primeiro-vice-presidente, e que se saldaram pela morte a mais de três centenas de pessoas.

Nas últimas horas o presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir fez saber que destituiu Riek Machar como seu primeiro-vice-presidente, o que veio aumentar os receios de que o acordo político firmado entre ambos estará caducado.

Neste momento, as pessoas "estão proibidas de sair do país, o que vem aumentar ainda mais o sentimento de insegurança e a sobrevivência das próprias populações pois a escassez de alimentos tem-se agravado nas últimas semanas", esclarece a AIS:

O irmão responsável por um projeto da fundação AIS pede a todos "orações para que o país possa regressar aos dias de paz e enterre o machado de guerra" e reforça a importante "ajuda da AIS no território".