Angelus: Papa condena atos de terrorismo e de violência

Cabul e Munique, duas cidades separadas por alguns milhares de quilómetros e unidas hoje na oração do Angelus pelo Papa Francisco após os atos de terrorismo dos ultimos dias:

"Nestas horas, o nosso espírito é mais uma vez abalado pelas tristes notícias relativas a deploráveis atos de terrorismo e de violência, que causaram dor e morte", recordou o Papa aquando da sua reflexão desta manhã na Praça de São Pedro, no Vaticano.

Perante milhares de fiéis e turistas que ali se juntaram para o escutarem Francisco tomou o excerto do evangelho do dia em que Jesus ensina o Pai-Nosso aos seus discipulos para salientar o segredo da oração de Jesus:

"Pai é o segredo da oração de Jesus, é a chave que Ele nos dá para entrarmos numa relação de diálogo confidencial com Deus". A este nome Jesus acrescenta dois pedidos fundamentais: "'Santificado seja o vosso nome, venha o vosso reino', para realçar que a oração de Jesus, e também a oração cristã, é antes de tudo dar um lugar a Deus, deixando-o manifestar a sua santidade em nós e fazendo progredir o seu reino na nossa vida", afirmou o Papa.

Os outros três pedidos da oração do Pai-Nosso "exprimem as nossas necessidades fundamentais: pão, perdão e ajuda na tentação", sintetizou para lembrar aos crentes que "o pão que Jesus nos faz pedir é o pão necessário e não o supérfluo; é o pão dos peregrinos, um pão que não se acumula nem se desperdiça, pão que não torna pesada a nossa marcha; o perdão é, antes de tudo, aquele que nós mesmos recebemos de Deus: somente a consciência de sermos  pecadores perdoados pela infinita misericórdia de Deus pode fazer-nos capazes de fazer gestos concretos de reconciliação fraterna; o último pedido, "não abandonar-nos na tentação", exprime a consciência da nossa condição, sempre exposta às insídias do mal e da corrupção".

Francisco afirmou que "Jesus prossegue tomando como modelo de oração a atitude de um amigo em relação com outro amigo e a de um pai em relação com o filho. Ambas as parábolas querem ensinar-nos a ter plena confiança em Deus, que é Pai, disse o Papa ressaltando que Ele sabe melhor que nós as nossas necessidades, mas quer as apresentemos a ele com coragem e com insistência, pois esta é a nossa maneira de participar na Sua obra de salvação", afirmou.

Cabul e Munique: Deploráveis atos de terrorismo

Após a sua reflexão e a oração do Angelus “o Papa lançou um apelo perante as situações dramáticas vividas em Munique, na Alemanha, e em Cabul, no Afeganistão: "Nestes dramáticos eventos de Munique e de Cabul, onde morreram numerosas pessoas inocentes" faço-me " próximo dos familiares das vítimas e dos feridos. Convido-vos a unir-vos à minha oração para que o Senhor inspire a todos propósitos de bem e fraternidade. Quanto mais parecerem intransponíveis as dificuldades e obscuras as perspetivas de segurança e paz, tanto mais insistente deve ser a nossa oração".

Jornada Mundial da Juventude: Uma oração especial

O Papa terminou o seu contacto com os fiéis recordando que se inicia, nesta semana, em Cracóvia, Polónia, a XXXI Jornada Mundial da Juventude (JMJ) pedindo a todos uma oração especial:

"Por estes dias muitos jovens de todas as partes do mundo estão a caminho de Cracóvia, onde terá lugar a trigésima primeira Jornada Mundial da Juventude. Também eu partirei na quarta-feira próxima, para encontrar esses rapazes e raparigas, e celebrar com eles e para eles o Jubileu da Misericórdia, sob a intercessão de S. João Paulo II. Peço-vos que nos acompanheis  com a oração. Já desde agora saúdo e agradeço a todos os que trabalham  para acolher os jovens peregrinos, com numerosos bispos, sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos. Dirijo um pensamento especial aos muitos colegas deles que, impossibilitados de estar presente pessoalmente, seguirão o evento através dos meios de comunicação. Estaremos todos unidos na oração”

 



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