Papa Francisco: "A Igreja deve ser dócil ao Espírito Santo"

Na manhã desta quinta-feira o Papa Francisco celebrou a eucaristia na Casa de Santa Marta, no Vaticano. ao comentar a leitura dos Atos dos Apóstolos que retrata o concílio de Jerusalém o Papa reafirmou que o "Espírito Santo é, desde o início da Igreja o protagonista da missão".

Na homilia disponibilizada pela Rádio Vaticano Francisco começou por recordar a postura dos apóstolos perante as indecisões sobre o modo de olhar o Evangelho e o anúncio da Palavra: No texto encontramos "uma dupla resistência à ação do Espírito: a daqueles que acreditavam que Jesus tinha vindo somente para o povo eleito e daqueles que queriam impor a lei de Moisés, incluindo a circuncisão, aos pagãos convertidos".

Neste impasse da Igreja nascente o Santo Padre afirmou que o "Espírito Santo se assume como o protagonista" pois é "Ele que desde o primeiro momento deu força aos apóstolos para proclamar o Evangelho", e dá força "aos crentes para permanecerem na fé", inclusive nos momentos "de resistência e insistência dos doutores da lei".

Perante a dúvida dos apóstolos e as divisões internas "o Espírito colocava nos seus corações uma estrada nova: eram as surpresas do Espírito. E os apóstolos viram-se em situações que nunca teriam imaginado, situações novas. E como lidar com estas novas situações? Por isso, a narração de hoje começa assim: 'Naqueles dias, tinha surgido uma grande discussão', uma calorosa discussão, porque discutiam sobre este assunto. Eles, por um lado, tinham o poder do Espírito – o protagonista – que impulsionava a avançar, avançar, avançar ... Mas o Espírito levava-os a certas novidades, certas coisas que nunca tinham sido feitas. Nunca. Como por exemplo que os pagãos recebessem o Espírito Santo, por exemplo", afirmou.

O Papa relembrou a importância do ouvir "humilde" como o demonstrado "pela Assembleia que escuta em silêncio o testemunho de Barnabé e Paulo" e afirmou ser esse o sentir da Igreja hoje.

Perante os problemas e as dúvidas a Igreja é convidada a, "reunir-se, unir-se juntos, ouvir-se, discutir, rezar e decidir. Esta é a chamada sinodalidade da Igreja, na qual se expressa a comunhão da Igreja. E quem faz a comunhão? É o Espírito! De novo é ele o protagonista", sintetizou Francisco.

No final o Papa rezou:

"Peçamos ao Senhor a graça de entender como a Igreja vai para a frente, entender como, desde o primeiro momento, enfrentou as surpresas do Espírito e também, para cada um de nós, a graça da docilidade ao Espírito, para percorrermos o caminho que o Senhor Jesus quer para cada um de nós e para toda a Igreja".

Educris com Rádio Vaticano



Newsletter Educris

Receba as nossas novidades