AIS: Parlamento Europeu «Estado Islâmico» de «genocídio dos cristãos»

O Parlamento Europeu votou, ontem dia 5 de fevereiro, uma resolução que acusa o autoproclamado ‘Estado Islâmico’ de "genocídio pela perseguição das minorias religiosas" no Médio Oriente e classificou-o de "ameaça global sem precedentes para a paz e segurança".

Num comunicado enviado ao EDUCRIS pela Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), destaca-se que a votação do Parlamento Europeu representa um "momento histórico" pois foi a primeira vez que classificou como "genocídio as atrocidades" que são cometidas na Síria e no Iraque por motivos religiosos "contra minorias como os cristãos ou os yazidis".

Para esta organização católica, a "resolução" afirma que quem cometeu "intencionalmente tais atrocidades por razões étnicas ou religiosas" está a cometer crimes contra a humanidade, devem ser levados à justiça e julgados pelo Tribunal Penal Internacional.

O documento que a fundação pontifícia teve acesso, apresenta um "vasto número" de debates que já tinham sido produzidos no Parlamento Europeu sobre "a ideologia extremista violenta" do autodenominado 'Estado Islâmico': "Ataques generalizados contra civis; violações do direito humanitário internacional, incluindo os perpetrados em terreno religioso ou étnico".

O Parlamento Europeu pretende ainda incentivar os Estados-membros a trabalharem ativamente na "luta contra a radicalização dos seus próprios cidadãos, melhorando os sistemas jurídicos de cada país" para evitar que os europeus se juntem ao grupo terrorista e, "caso o façam, possam ser processados criminalmente".

O deputado sueco Lars Adaktusson, do Partido Popular Europeu, definiu esta decisão como "histórica" e afirmou que foi "muito importante" o Parlamento Europeu ter colocado a questão num "nível político e moral" destacando as "obrigações" para a comunidade internacional pelo "reconhecimento do genocídio" em curso.

Neste contexto, o deputado sueco assinalou que os países europeus ficam com a “responsabilidade coletiva de agir” e as vítimas dos ‘Estado Islâmico’ têm “uma oportunidade de verem a sua dignidade restituída”.

 

Educris/AIS 



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