Fundação AIS desafia portugueses a um dia de jejum e oração

Um dia de jejum e oração pelos cristãos perseguidos no Médio Oriente, em especial no Iraque e na Síria, é a resposta da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), organismo dependente da Santa Sé, aos apelos dos Patriarcas D. Sako e D. Gregorios para os respetivos países mergulhados no caos, na guerra e no sofrimento.

Num comunicado enviado ao EDUCRIS esta organização Católica lembra as recentes cartas recebidas de D. Louis Raphael Sako, Patriarca dos Católicos Caldeus e Presidente da Conferência Episcopal do Iraque, e D. Gregorios III Laham, Patriarca da Igreja Católica Greco-Melequita de Antioquia e de todo o Oriente, Alexandria e Jerusalém, que dão conta "da situação angustiante em que se encontram milhares de cristãos expulsos de suas casas, empurrados para campos de refugiados, sem qualquer expetativa de poderem regressar às suas casas, e já sem esperança de que a guerra tenha um fim".

Perante estas cartas a AIS considera que a Quaresma se constitui como um tempo propício de fazer "chegar às comunidades cristãs locais" este "grito dos irmãos do próximo oriente" e pede "orações e jejum para que a paz possa chegar às suas pátrias".

Assim na próxima quarta-feira de cinzas a AIS convoca os cristãos a juntarem-se à iniciativa "Dia Mundial de Oração e Jejum pela Paz na Síria e no Iraque" lançando um desafio sob a forma de pergunta: "Quer levar a cruz com eles durante um dia? Rezemos e jejuemos na Quarta-Feira de Cinzas pelo Iraque e pela Síria".

Nas cartas que escreveram à AIS, ambos os Patriarcas sublinham o desespero em que se encontram as comunidades cristãs nos seus países. “Há cinco anos que continuamos a andar num deserto" – escreve, desde a Síria, D. Gregorio III. "Assistimos aos atrozes sofrimentos das crianças, à agonia de seus pais e estamos constantemente rodeados pelo ódio e pela morte."

Por sua vez, D. Louis Sako sublinha o facto de só restarem no seu país, o Iraque, os mais pobres dos pobres. “Quem podia deixar o Iraque já o fez. Milhares de crianças nos campos de refugiados passam fome, mas têm sobretudo sede de futuro: querem uma escola e uma casa. Vocês fizeram tanto por nós, agora vos peço: rezem e jejuem para que possamos permanecer na nossa amada pátria e para quem já a deixou possa retornar.”

Em Portugal, todas as paróquias, movimentos e comunidades religiosas são convidados a participar e a divulgar esta iniciativa da Fundação AIS.

Em Lisboa, irá rezar-se o Terço na Igreja da Encarnação (metro Baixa-Chiado) pelas 18h30, a que se seguirá a celebração da Santa Missa.

Nas redes sociais será usada as hashtag #fastandpray on #AshWednesday for Iraq and Syria.



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