Papa Francisco: Os anjos defendem do mal

“ O Demónio tem plano astutos de destruição e desumanização e apresenta as coisas como se fossem boas inventando explicações humanistas” que nos parecem válidas. As Palavras são do Papa Francisco na missa desta manhã, em Santa Marta, no dia em que se recordam os arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael.

Na ocasião o Papa lembrou que “não estamos sós nesta tarefa uma vez que Deus confiou aos arcanjos a tarefa de defender o ser humano”.

Tomando as leituras do dia, de Daniel e de São João o Papa Francisco lembrou que a glória de que aqui se fala “ é a glória de Jesus Cristo”.

Uma realidade que a liturgia relança também no Evangelho. Deste modo, prosseguiu o Papa, “a Natanael que se surpreendia, Jesus diz: Mas, verás coisas maiores. Verás o céu aberto e os anjos de Deus subir e descer sobre o Filho do homem”. E isto “evoca a imagem da escada de Jacob: Jesus está no centro da glória, Jesus é a glória do Pai”. Uma glória que, esclareceu, “é promessa em Daniel, é promessa em Jesus. Mas é também promessa feita na eternidade”.

Tomando o Apocalipse (12,7-12) o Papa lembrou que aí se fala de “sobre a glória, mas como luta”. De facto, lê-se: “Desencadeou-se uma guerra no céu: Miguel e os seus anjos combatiam contra o dragão. O dragão combatia juntamente com os seus anjos, mas não prevaleceu e já não houve lugar para eles no céu. E o grande dragão, a antiga serpente, aquele que é chamado diabo e Satanás, e que seduz toda a terra habitada, foi precipitado na terra e com ele também os seus anjos”.

É “a luta entre o demónio e Deus”, explicou. Mas “esta verifica-se depois de Satanás ter procurado destruir a mulher que está a dar à luz o filho”. Porque, afirmou o Papa, “Satanás procura sempre destruir o homem: aquele homem que Daniel via ali, na glória, e que Jesus dizia a Natanael que teria vindo em glória”. E “desde o início a Bíblia fala-nos desta sedução para destruir de Satanás. Talvez por inveja”. E a este propósito Francisco, referindo-se ao Salmo 8, sublinhou que “aquela inteligência tão grande do anjo não podia carregar nos ombros esta humilhação, que uma criatura inferior fosse superior; e procurava destruí-lo”.

“A tarefa do povo de Deus – explicou o Papa – é ter a custódia em si do homem: o homem Jesus. Custodiá-lo, porque é o homem que dá a vida a todos os homens, a toda a humanidade”. Por sua vez, “os anjos lutam para que vença o homem”. Assim “o homem, o Filho de Deus, Jesus e o homem, a humanidade, todos nós, lutamos contra todas estas coisas que Satanás faz por destruir”.

Com efeito, afirmou Francisco, “muitos projetos, exceto os próprios pecados, mas numerosos projetos de desumanização do homem são obra dele, simplesmente porque odeia o homem”. Satanás “é astuto: está escrito na primeira página do Génesis. Apresenta as coisas como se fossem boas. Mas a sua intenção é destruir”.

Diante desta obra de Satanás “os anjos defendem-nos: defendem o homem e defendem o homem-Deus, o homem superior, Jesus Cristo, que é a perfeição da humanidade, o mais perfeito”. É por esta razão que “a Igreja honra os anjos, porque são aqueles que estarão na glória de Deus – estão na glória de Deus – porque defendem o grande mistério escondido de Deus, ou seja, que o Verbo veio em carne”. É precisamente” «isto que querem destruir; e quando não podem destruir a pessoa de Jesus procuram destruir o seu povo; e quando não podem destruir o povo de Deus, inventam explicações humanistas que vão propriamente contra o homem, contra a humanidade e contra Deus”.

Eis porque, disse o Papa, “a luta é uma realidade quotidiana na vida cristã, no nosso coração, na nossa vida, na nossa família, no nosso povo, nas nossas igrejas”. Ao ponto que “se não lutarmos, seremos derrotados”. Mas “o Senhor deu principalmente aos anjos esta tarefa de lutar e vencer”.

Recordando a festa dos arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael, o Papa reafirmou que este é, com certeza, um dia particularmente adequado para nos dirigirmos a eles. E também “para recitar aquela oração antiga mas muito bonita ao arcanjo Miguel, a fim de que continue a lutar para defender o mistério maior da humanidade: que o Verbo se fez homem, morreu e ressuscitou”. Porque “este é o nosso tesouro”. E ao arcanjo Miguel, concluiu Francisco, pedimos que continue “a lutar para o custodiar”.



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