Padre José Lopes: "a Educação é uma Missão"

Na manhã de ontem mais de 70 responsáveis das Escolas católicas, entre diretores, responsáveis diocesanos e equipas de pastoral, reuniram-se em Fátima para refletir sobre as mudanças do setor e a identidade das Escolas católicas em Portugal.

O encontro serviu de oportunidade para, em conjunto, ser analisado o Instrumentum Laboris que a Congregação para a Educação Católica publicou em abril de 2014 para assinalar os 50 anos da Gravissimus Educationis.

A manhã teve início com a oração da manhã. Seguiu-se a conferência do padre jesuíta José Lopes, diretor do Instituto Nuno Alvares, que procurou “fazer um apanhado do documento pontifício” no que se refere “à educação não universitária”.

Na ocasião o padre José Lopes lembrou que a educação pressupõe “uma ideia de ser humanos e questionou sobre “que imagem de Homem temos presentes nos diversos projetos educativos das Escolas católicas”.

Recordando a mensagem do documento pontifício o padre José Lopes lembrou que “a Igreja tem uma pedagogia muito própria” que parte de uma concessão antropológica que assenta no evangelho e na tradição” e que não muda “consoante as modas dos tempos”.

Recordando que o mundo mudou muito desde o Concílio Vaticano II o jesuíta lembrou que “a Europa deve muito da sua identidade à coerência da Igreja na área educativa”, quer através da transmissão dos conhecimentos quera através da construção de valores”.

Olhando para a Gravissimus Educationis o padre José Lopes lembrou que a “Educação é uma missão” que tem duas tarefas entre si: “o ser e o saber”. Se apenas nos ficarmos “numa das duas podemos criar ‘maus beatos’ ou maus ‘cientistas’”.

O jesuíta afirmou o que cristianismo entende a educação como oportunidade de formar pessoas capazes “de intervir no mundo, solidários, competente em termos científicos e com bom coração”.

Aos profissionais das escolas católicas “são pedidas qualidades especiais de inteligência e de coração. Só uma pessoa educada pode ser educadora e iluminar aqueles que serve. A educação faz-se muito de coração a coração. Porque e educação é relação afetiva. Devem ter uma preparação cuidada e uma capacidade de renovação constante." A

pós um breve intervalo os trabalhos continuaram com um tempo de reflexão em grupo dos qual sairam desafios, inquietações, e partilhas sobre modos de proceder nas cerca de 148 escolas católicas. Os dados, ainda em levantamento, apontam para um universo de mais de oitenta mil alunos da idade pré-escolar até ao 12º ano.

 

Veja toda a intervenção em anexo.



Recursos:
"A Educação e a Igreja Católica: uma responsabilidade vivida com-paixão":


Newsletter Educris

Receba as nossas novidades