As Escolas católicas numa Europa em Mudança

Na manhã de dia 12 de outubro D. António Francisco dos Santos, presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé (CEECDF) deu as boas vindas aos participantes da Assembleia Geral do Comité Europeu da Escola Católica.
 

Na ocasião o bispo de Aveiro afirmou que a assembleia decorre num “momento difícil e crucial para a europa” e “num contexto delicado para Portugal” onde “a crise financeira, com sucessivas medidas de austeridade, nos leva a refletir sobre a forma como queremos construir uma Europa para o futuro”.
 D. António Francisco dos Santos relembrou o lugar e o importante papel “da educação e das futuras gerações de europeus na construção europeia” e denunciou que, em Portugal, “por causa do desemprego muitas famílias estão no limiar da pobreza sem capacidade para continuar a colocar os seus jovens a estudar” ao ponto de “muitas escolas estarem já a dar o pequeno-almoço aos seus estudantes”.
Neste contexto problemático e difícil o estado “tem aproveitado para tentar convencer “a opinião publica em geral de que as escolas privadas são um encargo financeiro pesado para o orçamento do estado” procurando um debate “ideológico que tenta desvalorizar escola particular em comparação com a escola pública do estado''. Desta forma, sustentou, “o estado desvia o verdadeiro debate sobre a liberdade dos pais e dos alunos” e retira-lhes a “possibilidade de escolherem um “projeto educacional, de acordo com os valores que eles querem para o seu futuro”.
Durante a sua intervenção o presidente da CEECDF desafiou a Assembleia a trazer “uma nova luz de coragem e esperança” uma vez que “sem escola e sem uma educação gratuita que possibilita aos pais a escolha do projeto educativo para os filhos” a Europa não vai encontrar o futuro que queremos” e para o qual “as crianças e os jovens têm direito.” Para isso torna-se necessário que “ as escolas católicas reforcem a sua identidade cristã e combinem o testemunho da fé com a competência profissional”. Torna-se assim atual a afirmação do Papa Paulo VI ao dizer “ que o mundo precisa de mais testemunhas do que mestres professores e os mestres que mais admiro são aqueles que mostram na vida o que ensinam pelas palavras."



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