Projetar um ano «incerto» na esperança, António Cordeiro

Responsáveis da EMRC fizeram balanço positivo e traçaram “linhas de atuação” para um ano ainda “cheio de incertezas”

Os diretores diocesanos da disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) avaliaram, no passado sábado, um ano “atípico”, marcado pela covid-19, e projetaram atividades para um novo ano marcado pelas muitas interrogações no setor.

“A longo desta emergência com que nos depararmos pusemos, nas diversas instâncias, a criatividade em ação proporcionando formação digital aos nossos docentes em diferentes plataformas e ferramentas e fazendo-nos presentes na comunidade do Youtube #estudoemcasa e com a criação e reciclagem de recursos digitais para uso em aulas síncronas e assíncronas”, afirmou na reunião António Cordeiro, coordenador da disciplina no Secretariado Nacional da Educação Cristã.

Numa época de dúvidas e incertezas perante o novo ano que se aproxima o responsável agradeceu “aos docentes de EMRC que em todo o país agiram e reagiram de maneira criativa a uma situação adversa” num claro sinal “de comunhão e serviço à missão de ser professor de EMRC”.

“Uma palavra de apreço por todo o trabalho de readequação, de criatividade e de replanificarão em condições tão difíceis. Pensar o próximo ano é difícil a vários níveis, mas requer de cada um o melhor que tem para dar”, situou.

Para próximo ano letivo António Cordeiro considera que é fundamental haver “consciência e realismo” perante tantas “incógnitas, dúvidas, e interrogações” que ainda persistem.

Avaliando as várias experiências num ensino a distância os responsáveis diocesanos deram conta de “boas experiências de aprendizagem que contaram mesmo com a participação das famílias”.

“A presença da disciplina neste tempo ajudou a manter viva a ligação entre escola e família e a ajudar a ler os vários acontecimentos numa logica de sentido e de esperança”.

Plataforma digital de matrículas e Regulamento de Proteção de dados

Pela primeira vez, e perante o regime de exceção que se vive na educação, o Ministério desenvolveu e apresentou um novo portal de matrículas que passaram a ser realizadas online.

Perante a dificuldade de vários procedimentos em relação à disciplina de Educação Moral e Religiosa António Cordeiro garantiu aos responsáveis diocesanos, a existência de “um diálogo com a tutela” tendo em vista as dificuldades “colocadas a partir de certa idade de matrícula.

“Esta é uma questão nova que resulta de um entendimento da Comissão de proteção de Dados acerca da confessionalidade da própria disciplina e coloca-se a partir dos 16 anos dos alunos”, lembrou.

O responsável apontou, “para o final do mês de julho”, novos desenvolvimentos sobre a questão e garantiu que se mantém “o diálogo com a tutela” de modo a “minimizar eventuais prejuízos e dificuldades na matrícula ou sua renovação”.

Ao longo de todo o terceiro período o departamento da EMRC do SNEC, em parceria com a equipa nacional da disciplina desenvolveu uma “estratégia de sensibilização” que contou com “spot’s com alunos e professores” e “testemunhos de pais, professores e alunos”, no programa Ecclesia, no espaço «A Fé dos Homens», da RTP2.

Durante a parte da tarde os responsáveis diocesanos escutaram Nuno Ricardo Oliveira, especialista em educação a distância e e-Learning do Instituto Superior de Educação e Ciências (ISEC), Lisboa, que refletiu o tema «Ensino à distância/remoto- das modalidades aos desafios da EMRC».

Educris|20.07.2020



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