Francisco lembrou hoje todos os que começam a ter problemas económicos em virtude da pandemia Covid-19 e deixou 3 condições para a oração
“Rezamos hoje pelas pessoas que começam a ter problemas económicos por causa da pandemia, porque não podem trabalhar e esta situação recai sobre a família. Oremos por aqueles que tem este problema”, rezou o Papa no início da eucaristia matinal a que presidiu na Casa de Santa Marta, no Vaticano.
Na eucaristia, transmitida em direto no canal Youtube do Vaticano, o Papa tomou o trecho do evangelho em que o funcionário romano pede a Jesus a cura do seu filho para explicar que são necessárias “três condições para uma verdadeira oração”.
“Em primeiro lugar é necessária a fé. Sem fé tudo é mais difícil. Muitas vezes a oração é apenas vocal, de boca, mas não vem da fé, do coração, ou vem de uma fé débil. Precisamos de uma oração com fé seja nos lugares de culto ou fora de deles”, explicou.
Como segunda condição para “a verdadeira oração” o Papa apontou a “perseverança”.
“É o próprio Jesus que no-la ensina. Alguns pedem a graça, mas não tem perseverança. O senhor ensina-nos este valor na parábola do senhor que pede pão a outro e insiste até que o outro se levante e lho dê (cf: Lc 11,5-8). Fé e perseverança andam juntas”, sustentou.
A “terceira e última condição” para “uma verdadeira oração” é a “coragem”:
“Para rezar é preciso coragem. Estar ali a pedir, insistir – não quero dizer nenhuma heresia – mas é como estar ali e ameaçar o Senhor. Vemos isto, por exemplo, na coragem de Moisés diante de Deus quando ests quer destruir o povo e tornar Moisés o chefe de outra nação”, recordou
“Esta virtude, a da coragem é muito necessária. Não apenas para as ações de índole apostólica, mas também para a oração”.
“Nestes dias, em que precisamos de rezar mais, questionemo-nos se rezamos desta maneira: Fé, perseverança e valentia: Fé na intervenção do Senhor. Com perseverança e com coragem na certeza de que o senhor não dececiona. Faz-nos esperar, tem o seu tempo, mas não nos dececiona. Fé, perseverança e coragem”, concluiu.
Educris|23.03.2020