Vaticano: Papa Francisco institui «Dia Mundial dos Pobres»

O Vaticano apresentou esta manhã a Carta Apostólica Misericordia et misera, com a qual o Papa Francisco deseja continuar os frutos do Ano Santo Extraordinário que ontem terminou.´

Assinada ontem a carta é endereçada a toda a Igreja e foi entregue a "vários representantes do Povo de Deus. O primeiro a recebê-la foi o Arcebispo de Manila, Cardeal Luís António Tagle, Presidente da Caritas Internacional. 

Hoje mesmo, na sala de imprensa do Vaticano, a apresentação da carta revelou a decisão do Papa Francisco de instituir um “Dia Mundial dos Pobres” na Igreja Católica, que vai ser celebrado no penúltimo domingo do ano litúrgico:

"Intuí que, como mais um sinal concreto deste Ano Santo extraordinário, se deve celebrar em toda a Igreja, na ocorrência do XXXIII Domingo do Tempo Comum, o Dia Mundial dos Pobres”, escreve Francisco, na carta apostólica Misericórdia e mísera, com a qual marca o final do Jubileu".

Francisco explica que esta celebração pretende marcar "mais digna preparação para bem viver a solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo" lembrando a identificação do Senhor com "mais pequenos e os pobres".

A iniciativa pretende "renovar o rosto da Igreja" na sua ação de conversão pastoral para que seja "testemunha da misericórdia" enquanto justiça social porque "enquanto Lázaro estiver fora das portas da nossa casa, não se exerce a justiça nem a paz social", sustenta.

A missiva concede, ainda, a todos os sacerdotes, "por força do seu ministério", a faculdade de absolver do "pecado do aborto" todos os que encontrem arrependidos e concede à Fraternidade São Pio X a "válida absolvição sacramental".

Para todas as dioceses do mundo Francisco pede uma maior atenção "à Palavra de Deus" nos planos anuais de pastoral:

"Será oportuno que todas as comunidades, num domingo do ano litúrgico, possam renovar o empenho na difusão, conhecimento e aprofundamento da Sagrada Escritura: um domingo inteiramente dedicado à Palavra de Deus".

O Papa faz votos de que a Igreja Católica saiba dar vida a "muitas obras novas" que manifestem essa misericórdia, indo ao encontro dos que padecem a fome e a sede, "sendo grande a preocupação suscitada pelas imagens de crianças que não têm nada para se alimentar".

 

 



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