Porto: «Para acolhermos temos de nos acolher», Maria Eduardo Viterbo

Responsável do Secretariado Diocesano das Migrações e Turismo deu conta da tarefa de acolhimento e integração realizado no Porto

Maria Eduardo Viterbo, diretora do Secretariado Diocesano das Migrações e Turismo, da Diocese do Porto afirmou ontem, aos professores de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC), que “antes de grandes planos de acolhimento é necessário saber acolher-se a si mesmo”.

“Este trabalho [de acolher e integrar] é, antes de mais uma atitude interior que começa polo acolhimento a si mesmo. Sem acolhimento de mim dificilmente poderei ir a encontro dos outros”, afirmou.

Numa apresentação subordinada a tema «Acolher à Luz da Laudato Si’» a responsável sustentou que “só a partir do coração é possível acolher os outros”.

“Para acolher os outros é fundamental escutar com o coração antes de grandes planos ou estratégias”, apontou.

Dando conta dos vários números da encíclica do Papa Francisco, onde se aborda a questão “de acolhimento”, Maria Eduardo Viterbo lamentou a “indiferença a que hoje estão votados tantos dos nossos irmãos e irmãs, e sustentou a necessidade de se reafirmar “a dignidade especial de cada ser humano”.

“Um dos trabalhos que realizamos é a de perceber as necessidades do terreno. Não partimos com pressupostos teóricos, mas ouvimos as pessoas, na sua individualidade, para então, criarmos projetos que permitam inverter o ciclo de indiferença e miséria em que tantos vivem”, desenvolveu.

Na Diocese do Porto o Secretariado Diocesano das Migrações e Turismo conta cursos gratuitos para migrantes que vão desde “a área dos costumes, à língua e cultura” bem como a disponibilização “de um departamento jurídico fundamental para as questões dos direitos” e trabalho direto com “escolas e direções escolares”, concluiu.

Educris|28.02.2021



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