Braga: Formação online apontou «caminhos para a catequese»

Iniciativa apresentou “boas práticas” de catequese em tempo de pandemia

«Catequese que contagia numa Igreja em Saída» foi o tema da primeira formação online promovida pela Equipa Arciprestal de Catequese da Póvoa de Lanhoso, da Arquidiocese de Braga e que ontem se realizou na plataforma Zoom.

A iniciativa reuniu mais de uma centena de catequistas, de doze dioceses do país e de um catequista português na Suíça e contou com o testemunho de Carlos Novais, da paróquia do Sobrado, na diocese do Porto, Céline Vale, da paróquia do Prado, na Arquidiocese de Braga.

Presente na formação o presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé (CEECDF), D. António Moiteiro, explicou aos catequistas o que significa “uma igreja em saída” a partir do acontecimento ‘Pentecostes’.

“O Pentecostes é o momento da criação da Igreja. De um conjunto de seguidores amedrontados para um grupo de homens e mulheres que falam de Jesus com desassombro. Também aí estão as mulheres”, afirmou.

Para D. António Moiteiro a “igreja em saída” é uma “igreja capaz de sair e procurar a exemplo de Maria Madalena aquando da ressurreição”.

“O Papa Francisco disse-o num encontro em dezembro passado. A primeira característica da igreja em saída é aquela que procura, abrindo as portas”, explicitou.

Como segunda característica, desta igreja em saída, o presidente da CEECDF apontou uma “igreja que saí porque se encontrou com Jesus Cristo vivo e Ressuscitado”.

“A Igreja é ‘em saída’ quando é capaz de ir ao encontro e dizer o nome do outro, do nosso irmão, como no encontro de Maria Madalena com o Ressuscitado”.

A terceira característica é a capacidade “de não guardar a novidade para si, fechada, mas ir anunciar aos outros a experiência do Ressuscitado”, completou.

Uma Catequese que contagia: O perfil do Catequista

D. António Moiteiro explicou, em seguida, a finalidade última da catequese.

“Pretendemos que as pessoas se coloquem em intimidade, em comunhão com Jesus Cristo. Isso só acontece quando crescemos no amor que nos abrimos ao Outro”. Citando o Papa Francisco, na Evangelium Gaudium, o prelado exortou a que “no processo catequético se volte sempre ao primeiro anúncio.

“Quando tenho a consciência d que Jesus me ama, deu a vida para me salvar, então a minha vida também contagia os outros. Passo a viver para os outros”.

Aos catequistas D. António Moiteiro lembrou “que bispo é o primeiro catequista” e apresentou o ‘perfil’ do catequista para hoje.

“Os catequistas são mediadores entre Deus e os catequizandos” e “são o rosto entre a comunidade e aqueles que percorrem o caminho da fé”.

Como última característica D. António Moiteiro considerou “fundamental” que o catequista “se identifique com Jesus”.

“Precisamos de catequistas discípulos. Cristãos capazes de fazer caminho com o Mestre, que aprenda com o mestre, e tenha o ‘estilo’ de vida do Mestre, para contagiar a outros”, concluiu.

Educris|06.06.2020



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