Guarda: Catequistas refletiram sobre "espiritualidade dos pastorinhos"

No dia 1 de abril de 2017, o Departamento Diocesano da Catequese da Infância e Adolescência, promoveu, com a colaboração da Irmã Benedita, da Congregação da Aliança de Maria, uma reflexão quaresmal sobre a Espiritualidade dos Pastorinhos, enquadrado no lema para este ano: Fazei tudo o que Ele vos disser.

Participaram, neste encontro, cerca de 65 catequistas, oriundas de várias partes da diocese da Guarda.  Esteve, igualmente, presente, o nosso digníssimo Prelado, Sua Exa. Reverendíssima, Sr. D. Manuel Felício, que se congratulou pela presença dos catequistas, bem como pela presença da Irmã Benedita, que já conhecia da diocese de Viseu.

O dia teve dois momentos importantes:  Uma primeira conferencia e a celebração da Eucaristia, presidida, pelo sr. Bispo e a seguir ao almoço, a segunda conferencia sobre a espiritualidade da Irmã Lúcia.

Na comemoração do Centenário das Aparições, aqui ficam algumas das ideias principais dos temas desenvolvidos nas conferencias.

Refletir como é que os três pastorinhos nos ajudam a cumprir aquilo que Nossa Senhora nos deixou como mandato: Fazei tudo o que Ele vos disser.

São três modelos que nos permitem caminhar e fazer o discernimento como é que a nossa vida vai ao encontro à vontade de Deus, a partir da vida deles, porque eles puseram em prática a vontade de Deus.

Refletir a partir da vida dos pastorinhos o que é ser catequista e o que é fazer tudo o que Jesus nos diz enquanto catequista.

Começou por contar uma história que a Irmã Lúcia escreveu nas suas memórias, um diálogo entre a Lúcia e Jacinta e que nos  ajuda a perceber quem é o catequista.

Não somos catequistas perfeitos, pois temos dificuldades e limitações

Todos nós somos testemunhas para aqueles a quem transmitimos a fé. Todos nós temos uma relação com Jesus que queremos transmitir àqueles que vêm ter connosco. E a nossa relação com Jesus é de tal modo intensa que atrai aqueles que vêm junto de nós. Tal como aconteceu ao Francisco e à Jacinta em relação à Lúcia.

É esta relação com Jesus que depois se transmite.

Saber os conteúdos é muito importante, mas não é tão importante como ter uma relação com Jesus.

Saber transmitir e ter um bom método é importante, mas não é tão importante como dar testemunho com a vida.

Quem somos nós enquanto catequistas?

A pergunta é esta: quem somos? Porque se não sabemos quem somos, não sabemos como cumprir a nossa missão.

O Diretório Geral da Catequese dá-nos algumas pistas para percebermos quem é o catequista.

- o catequista deve ser dotado de uma profunda fé, de uma clara identidade eclesial e de uma profunda sensibilidade social.

Olhando para a Lúcia, ela não sabia nem entendia tudo, mas olhava para a Eucaristia sabia que lá estava Jesus. Ela não sabia tudo, no entanto tinha noção que a catequese era algo que pertencia à Igreja, que quando se depara com as suas limitações, ela diz aos primos para pedirem à mãe que os deixasse ir à Igreja para aprenderem mais. A Igreja, em nome de quem damos catequese. E uma profunda sensibilidade social. Os catequistas lidam com as crianças e têm noção que não podem tratar todos por igual, porque todos são diferentes.

O Diretório, diz-nos também que o catequista deve transmitir não apenas o ensino mas uma formação cristã integral. E isto está muito dependente do testemunho do catequista. Há casos de muitos catequistas que dizem aos meninos para irem à Missa todos os domingos, e estes se forem à Missa todos os domingos não vêm lá o catequista.

Se não há coerência da parte do catequista, se não levar a sério a nossa relação com Jesus, não damos a catequese que a Igreja nos pede.

O Diretório diz-nos ainda que o catequista deve ser ao mesmo tempo três coisas: mestre, educador e testemunha.

Sobretudo é pedido ao catequista que seja testemunha. Que tenha aquilo que era muito característica da Jacinta, que era o lume no peito, que tenha fogo, que tenha paixão, que tenha intimidade com Jesus.

Na prática, o papel do catequista?

É através do catequista, do seu testemunho, que a fé se transmite às crianças.

O catequista é o mediador que facilita a comunicação entre as pessoas e o mistério de Deus.

Sem a relação pessoal com os catequizandos o testemunho não passa

O catequista tem um papel importante para ajudar os catequizandos a descobrir a sua vocação à santidade.

A catequese tem várias tarefas fundamentais:

- Ajudar a conhecer o mistério de Cristo

- Ajudar a celebrar o mistério de Cristo (a sua presença salvífica nos sacramentos, sobretudo na Eucaristia) Se conhecermos o que estamos a celebrar, entendemos e amamos.

- Ajudar a viver o mistério de Cristo (dimensão moral da vida). Ser cristão é seguir Cristo identificando-se com Ele.

- Ajudar a contemplar o mistério de Cristo.

Participar na vida e na missão da Igreja

Ter atenção à vida e à missão da Igreja é zelar para que a missão seja cumprida.

Os pastorinhos cumpriram todas as tarefas da catequese, e por isso tornaram-se catequistas pelo exemplo. Eles são para nós exemplo de como dar catequese com o exemplo. São para nós modelos de testemunho, de ardor apostólico, de entrega apaixonada e sem reservas. E por isso mesmo também eles cumpriram aquele que é o lema que aqui nos traz: fazei o que Ele vos disser. De modo exemplar, eles deram corpo a este mandato de Nossa Senhora. A vida da Lúcia, do Francisco e da Jacinta nos apontam apenas e só para Jesus e Nossa Senhora e para o cumprimento da vontade de Deus.

Departamento Diocesano da Catequese da Infância e Adolescência (Guarda)



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