ENC17: Projetos de inovação catequética em destaque

Na tarde do primeiro dia do Encontro Nacional de Catequese (ENC) foram apresentados um conjunto de projetos em catequese sob o tema “Uma comunidade fraterna e missionária”.

O padre Vasco Gonçalves, da diocese de Viana do Castelo, apresentou o projeto «Catequese Familiar» e abordou a experiência da sua própria diocese. Para este responsável o “o modelo de catequese e familiar exige e promove um novo modelo de catequese” porque estimula os crentes “a tornarem-se protagonistas conscientes e comprometidos com o bem comum de toda a sociedade”.

Este modelo é hoje aplicado na diocese do alto minho e procura fazer com que “a catequese saia de si para que possa responder à sua missão”:

“Ao envolvermos a familia no processo catequético fazemos com que toda a comunidade crente interaja entre si e se torne, ela própria missionária porque abarcamos todas as dimensões do ser crente”.

O diácono Paulo Campino, da catequese da diocese de Santarém apontou, por sua vez, o projeto da «Escola Paroquial de Pais», como uma realidade “que é possível de realizar em todas as paróquias” afirmando que tal modelo “envolve ainda mais os pais” e estimula-os a “acompanharem a formação cristã dos filhos aos mesmo tempos que os torna cristãos mais conscientes e atuantes no mundo”.

Já o padre José Henriques, da catequese de Leiria-Fátima, apresentou aos responsáveis diocesanos de catequese, o projeto catequese de adolescentes.

Este responsável apontou para a necessidade de “uma reforma dos catecismos” da adolescência “muito atentos à faixa etária da puberdade”, mas ainda longe “das questões dos jovens que desejem ser protagonistas da sua história com Deus”:

“A catequese nesta faixa etária é, ainda, muito escolarizante. Penso que é importante torná-la uma catequese de kerygma que convoque os adolescentes a uma consciência de ser amado por Deus, através de um percurso verdadeiramente catecumenal”.

O responsável pelo serviço da catequese de Leiria-Fátima interrogou os presentes sobre “o que de mal se está a fazer na catequese com os adolescentes” e apontou para uma mudança metodológica:

“A mensagem de Jesus não está esgotada, ela é sempre nova. Então cabe-nos a nos ajudar os mais novos a chegar a esta mensagem e à experiencia pessoal com o ressuscitado. A serem discípulos conscientes”.

Para isso apresentou a catequese com adolescentes como um modelo “estruturado, ao estilo catecumenal, mais personalista e que gere maior compromisso a todos os níveis”:

“Mais do que experiências avulsas procurámos fazer algo mais estruturado. Uma catequese mais catecumenal, mais personalista e maior compromisso a todos os níveis procurando envolver os adolescentes para lá da catequese da adolescência”.

Isabel Oliveira, da catequese do Porto, apresentou a experiência da «Catequese intergeracional». Para esta responsável “o modelo de catequese familiar constitui-se como um modelo que implica a todos e os convoca à corresponsabilização”:

“A catequese intergeracional provoca processos e propõe itinerários partindo da catequese como iniciação e estando atenta às tonalidades personalistas obrigando a uma organização vital a partir da vida de cada um”.

Para esta responsável o modelo de catequese intergeracional chega “às periferias” aos grupos “que tem dificuldade em entrar em alguma dinâmica de catequese”.

No final das apresentações Cristina Sá Carvalho, coordenadora do Departamento de Catequese do Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC) deu conta aos responsáveis do percurso iniciado pelo SNEC nos últimos anos e mostrou abertura para que “juntos pensemos em temáticas com que se possam enriquecer os itinerários catequéticos”.



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