Ciência/Educação: Imagens do Webb são «alimento para o espírito humano»

Responsável pelo Observatório Astronómico do Vaticano, o mais antigo do mundo, reagiu às primeiras imagens do telescópio James Webb

A Agência Espacial Americana (NASA) acaba de apresentar um conjunto de imagens do mais recente telescópio espacial, em alta definição, e que mostram “a profundeza do Universo” como nunca antes observado.

Numa primeira reação ao novo avanço científico Guy Consolmagno, jesuíta e astrónomo responsável pela mais antiga estrutura de investigação científica na área, afirma que as imagens “são um alimento necessário para o espírito humano – não vivemos só de pão – especialmente nestes tempos”.

“As imagens são lindas, como qualquer um pode ver por si mesmo. É um vislumbre prometedor do que poderemos aprender sobre o universo com este telescópio no futuro”, afirmou em comunicado.

Para o responsável “a ciência por trás deste telescópio” mostra “a nossa tentativa de usar a inteligência dada por Deus para entender a lógica do universo”.

“O universo não funcionaria se não fosse lógico, mas, como estas imagens mostram, o universo não é apenas lógico, também é bonito. Esta é a criação de Deus que vai sendo revelada para nós, e nela podemos ver tanto o Seu poder surpreendente quanto o Seu amor pela beleza”.

Construído em 1582 o Observatório do Vaticano é o mais antigo centro de observação astronómica do mundo e fica situado em Castel Gandolfo, Itália. Para além da sede o Vaticano opera, ainda, um telescópio avançado nos Estados Unidos da América.

Para Guy Consolmagno o novo “James Webb” representa uma “homenagem ao poder do espírito humano” e o que “em conjunto conseguimos desenvolver”.

Num momento em que os cientistas avançam nas “profundidades do Universo” Guy Consolmagno lembra o contributo do padre Angelo Secchi, que “acerca de 150 anos atrás, Secchi colocou um prisma na frente da sua lente de telescópio no telhado da Igreja de Santo Inácio, em Roma, e fez as primeiras medições espectrais das atmosferas dos planetas no nosso sistema solar”.

Imagem:NASA, ESA, CSA, e STScI via Flickr

Educris|14.07.2022



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